quarta-feira, 30 de março de 2011

Pessoas grandes que nos fazem grandes.

A Luisa durante muito tempo entrou em mim. Sabia mais de mim do que eu. Porque me via de fora, vendo de dentro. E foi por isso uma enorme ajuda.
A ela contei os meus segredos em voz alta. Sairam de mim sem fronteiras, directos para o espaço que foi nosso durante 3 anos de frequência constante. Saíram de mim, para nunca mais voltarem. Limparam-se as feridas e assim se curaram. Fui ficando mais leve. Fui ficando mais direita, de olhos em frente, a aprender que vida se vence e se abraça ao largo.
Somos as nossas circunstancias.
Somos o que fomos, e alegria é a de saber que podemos ser agora o que queremos.
O passado já não pesa, porque já passou.
Muitas vezes quis abraçar a Luisa. Era sempre (por questões éticas) um abraço imaginário, mas estava lá   na corrente das coisas que a gente sabe,  mesmo que invisíveis...
A Luisa contou-me a minha historia em preto e branco. Porque na altura eu vivia num nevoeiro.
A Luisa lembrou-me que o Céu tem cor, e que os papagaios de papel voam livres, que é bom comer chocolate, que as mimosas cheiram bem mesmo que sejam amarelas, e que a musica é para ser ouvida no carro aos berros.
Muitas vezes penso nela. Estará a pintar as vidas de outras pessoas, com uma tela de cores infindável.

Para sempre, obrigada Luisa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

right.

“Mas, devagar, o tempo transformava tudo em tempo. O ódio transformava-se em tempo, o amor transformava-se em tempo, a dor transformava-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transformavam-se devagar em tempo. Por si só, o tempo não é nada. A idade de nada é nada. A eternidade não existe e, no entanto, a eternidade existe. Os instantes dos olhos dela parados sobre mim eram eternos. Os instantes do sorriso dela eram eternos. Os instantes do seu corpo de luz eram eternos. Foi eterna até ao fim.”
José Luís Peixoto

sexta-feira, 25 de março de 2011

ai não és não...nem sabes o que perdes..

simple as that..

Não. A amizade para ser a sério tem de ser gratuita. 
É preciso que não haja interesses ou intenções. A amizade não espera, existe assim declarada e aberta, como se fosse sempre benvinda porque não esperada. Com todo esse encanto e magia que as coisas boas da vida nos dão. 
Em silencio também se exprime amizade. A segurança e certeza de que existe assim, sem mais nada.
Dizendo tudo sem dizer nada. 


Já do amor não digo o mesmo. O amor é fascista no absoluto do seu querer, da sua pretensão de nada chegar, a não ser a permanente declaração do amor constante...como se isso o fizesse crescer mais e mais. E a Razão a meter-se no assunto como se disso soubesse...
Eu espero-te. Espero-te contente, mas espero..aprendi contigo a ser assim.

sábado, 19 de março de 2011

O Plano alto é afinal, o lugar de todas as viagens. Aqui se descobre então a linguagem dos deuses....

Hoje era para ser assim, e foi.


Quando os dias se prometem assim, parece mesmo que não caibo em mim. 
Os anúncios e os avisos chegam, como telegramas encomendados. 
Gozo por antecipação, como me preparando, para nada de nada esquecer, e viver plena aproveitando. 
A medida minha transborda e tropeço, tropeço de ternura e alegria, não não tropeço afinal..antes me sinto a voar. 
Então com os avisos digeridos, acordo hoje para o dia. Sabendo que ia ser assim. Acordo contente, e receptiva de braços todos abertos. Venham os presentes, porque eu quero mesmo recebê-los....
Dia do pai + Dia de Lua Maior + Vespera de equinócio + Sol que promete brilhar na subida da temperatura...
Como posso não estar contente e cheia de tanto festejo num só dia? Agradecendo e vivendo, ou vivendo e agradecendo...desde logo. Viva me sinto de tanta vida á minha volta.
Fui para a praia, luz solta, em nada contida. O mar em chão azul que varre a areia, as ondas estão descansadas.  O cheiro que estava guardado daquela praia desde o verão..bebo cerveja e rio-me, entrego. 
Volto para casa, com um fito: vou então procurar a Lua. 
O céu estava desenhado, como se um cenário fosse, estrelas por todo o lado suspensas que aplaudem, e eu olho-a, A Lua Maior majestosa e segura. 
Estou aqui para que me vejas, parece dizer-me em segredo. A infinitude da Lua, posta em mim naquele momento. 
Tem dias assim que nos sentimos imortais, porque perpétuamos em sentimento a beleza das coisas simples.
Tem dias que nascem para nos mostrar que a alegria nos faz maiores. 
Festejo a vida,  que me acolhe num abraço sem fim. 

sábado, 12 de março de 2011









A PROFUNDIDADE DA INDIFERENÇA É ALÉRGICA À FLOR DA PELE.
MANIFESTAR - É DAR VOZ AO QUE SE SENTE.


DAR VOZ AO QUE SE SENTE DE BEM OU MAL É UMA FORMA DE LIBERDADE. LIBERDADE DA EXPRESSÃO PELA EXPRESSÃO.
DEVEMOS ISSO A NÓS PRÓPRIOS POR UMA QUESTÃO DE RESPEITO E CONSIDERAÇÃO AOS SENTIMENTOS DE CONTENTAMENTO OU DESCONTENTAMENTO QUE NOS HABITAM, A VIDA NA ALMA, NO CORPO E NO ESPIRITO.
PORQUE UMA SOLUÇÃO SATURADA É UM PROBLEMA, TEMOS DE AGIR E ENFRENTAR A CAUSA, A ACREDITAR QUE A NOSSA VOZ COMUNGADA COM A DOS OUTROS, FARÁ A AGULHA MUDAR.
MUITAS VOZES A FALAREM DO MESMO TÊM MUITO MAIS FORÇA DO QUE UMA SÓ. MUITAS VOZES EM CORO, OUVEM-SE MELHOR E CONTAGIAM A VONTADE.
AQUILO DE SER MORNO PELA INDIFERENÇA NÃO DÁ.
O MORNO NÃO TEM SENTIDO PORQUE NÃO TEM ALMA. NÃO FALO DO SILENCIO, FALO SIM DA INDIFERENÇA EGOISTA QUE NOS LEVA A FICAR QUIETOS E A ENGOLIR A CUSTO AQUILO DE QUE DESISTIMOS SEM TER TENTADO, SÓ PORQUE SIM.


POR ISSO VAMOS, DEVEMOS IR. DAR O CORPO, A ALMA E A VOZ AO MANIFESTO.
FICAR CALADO, NESTE CASO, É CONFORMAR-SE, É DIZER QUE SE  ACEITA, AQUILO QUE NÃO SE ACEITA. 
IR EM FRENTE, PARA MUDAR, IR EM FRENTE PARA RECUSAR O ESTADO DAS COISAS, QUE JÁ NEM TÊM ESTADO - DE TÃO POUCO CONSISTENTES QUE SE TORNARAM.


OS OUTROS NÃO NOS ADIVINHAM, NÃO SABEM O QUE SABEMOS, NEM O QUE SENTIMOS SE CALARMOS A VOZ. DAR VOZ Á VOZ É ESTAR VIVO, É REVELAÇÃO DA FIDELIDADE A NÓS MESMOS. TORNAMO-NOS MAIS FORTES POR ISSO. PORQUE NOS CONFIRMAMOS, ATRAVÉS DE NÓS E DOS OUTROS.


MAIS DO QUE UM DIREITO- ESSE É UM DEVER, NOSSO,  E DOS OUTROS QUE FAZEM PARTE DO MAPA.
A ENERGIA CONVIDA À SINERGIA.VAMOS? JÁ LÁ ESTAMOS.