quinta-feira, 28 de outubro de 2010

os laços não são nós..

laço.composto. atado com cuidado, dedicação e gosto. feito de propósito para ficar bem e bonito. e acima de tudo para que se mantenha. 
dos nós não digo o mesmo: os nós criam se em confusões..é pra que não se desfaça o emaranhado da confusão, sem sentido. por isso ser confusão. trapalhada atada em si mesma..
tem nós que são cegos, de tão fechados em si mesmos. insistem em ficar. parece que gostam de ser assim. 
os laços são extensíveis. podem ser elásticos até. estão bem resolvidos. 
os laços somos nós. 
os nós não são laços. 
disconto os nós que formam laços, propositados, que garantem a segurança e que são uteis. a esses chamo os nós direitos. os nós que somos nós...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

the only way.

TEIA







experiencia dum sonho que estava guardado...
não estou sozinha. é tudo mais facil.
vai dar certo, porque os outros vão gostar, e nós vamos gostar que os outros gostem do que fazemos.
tem vezes que a vida nos dá esta janela: trocar o certo pelo incerto para ir atras dum sonho...e eu vou.
com paixão, a acreditar, com a chave na mão.

TEIA- A teia é como chamamos o conjunto de fios de seda produzidos pela aranha para sua sobrevivência.
A TEIA é também uma rede, feita de linhas tenues e frageis mas tão resistentes. Dão alento e protegem-na para que viva, em silencio, sem maçar ninguem...

TEIA em rede é o que vamos fazer, umas linhas ligam-se ás outras, numa especie de espiral que pode nunca mais acabar...tem a consistencia das ligaçoes que se suportam gratuitamente, porque todas estão para o mesmo fim.

Li que: a regra de ouro está no equilibrio. o corpo humano obedece à regra de ouro.
também uma teia se alinha neste conceito:
mesmo que se decomponha, é sempre uma teia. 





segunda-feira, 25 de outubro de 2010

viagem pelo universo..

Almas gémeas...

«(...)As almas gémeas quase nunca se encontram, mas, quando se encontram, abraçam-se. Naqueles momentos em que alguém diz uma coisa, que nunca ouvimos, mas reconhecemos não sei de onde. E em que mergulhamos sem querer, como se estivéssemos a visitar uma verdade que desconfiávamos existir, de onde desconfiamos ter vindo, mas aonde não tínhamos conseguido voltar.
O coração sente-se. A alma pressente-se. O coração anda aos saltos dentro do peito, a soluçar como um doido, tão óbvio que chega a chatear. Mas a alma é uma rocha branca onde estão riscados os sinais indeléveis da nossa existência. (...)
Gémea não é igual. É parecida. Não é um espelho. É uma janela. Não é um reflexo. É uma refracção. (...)
O desejo de encontrar uma alma gémea não é o desejo de reafirmarmos a unicidade da nossa existência através de outro que é igual a nós. É precisamente o contrário. É poder descansar dessa demanda. No fundo, todos nós duvidamos que tenhamos uma alma. Senão não falávamos tanto dela.
Uma alma gémea é a prova que não estamos sozinhos. (...)
O estado normal de duas almas gémeas é o silêncio. Não é o "não ser preciso falar" - é outra forma de falar, que consiste numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do mundo. Como é que um ninho pode ser ninho doutro ninho? Duas almas gémeas podem ser.
Como é que se reconhece a alma gémea? No abraço. (...) Quando duas almas gémeas se abraçam, sente-se o alívio imenso de não ter de viver. Não há necessidade, nem desejo, nem pensamento. A sensação é de sermos uma alma no ar que reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro corpo fosse o nosso que perdêramos desde a nascença. (...)
As almas gémeas revelam-se uma à outra. Não são iguais. Mas revelam-se de forma igual. Como se tivesse surgido, de repente, uma língua que só os dois conseguissem falar. (...)
Toda a angústia do eu se dissipa. É-se inteira e naturalmente aceite. Sem perguntas. Sem condições. Sem promessas. E mergulha-se no outro como se já não fosse preciso existirmos.»

Miguel Esteves Cardoso, Explicações de Português
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

oliveiras e sobreiros...

houve um dia que me ensinaram a abraçar uma arvore.
abraçar uma arvore faz-nos sentir as raízes. 
tem uma energia muito forte. está amarrada á terra.
mas mesmo sem abraçar, olho para as arvores e sinto protecção.
gosto de sobreiros. tu gostas de oliveiras.
os sobreiros são masculinos as oliveiras são femininas.
é por isso que eu gosto de sobreiros e tu de oliveiras...a atracção pelo contrario em regime de compensação..digo eu.
são ambas cheias de historias..antigas. resistentes, passe o que passar..estão e ficam lá á nossa espera. e eu digo: sei que gostam de abraços...porque se sentem úteis para alem da cortiça e do azeite que nos dão.
1 dia quero: adormecer ali.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

It was an early morning yesterday
I was up before the dawn
And I really have enjoyed my stay
But I must be moving on
Like a king without a castle
Like a queen without a throne
I'm an early morning lover
And I must be moving on
Now I believe in what you say
Is the undisputed truth
But I have to have things my own way
To keep me in my youth
Like a ship without an anchor
Like a slave without a chain
Just the thought of those sweet ladies
Sends a shiver through my veins
And I will go on shining
Shining like brand new
I'll never look behind me
My troubles will be few
Goodbye strange it's been nice
Hope you find your paradise
Tried to see your point of view
Hope your dreams will all come true
Goodbye Mary, Goodbye Jane
Will we ever meet again
Feel no sorrow, feel no shame
Come tomorrow, feel no pain
Now some they do and some they don't
And some you just can't tell
And some they will and some they won't
With some it's just as well
You can laugh at my behavior
That'll never bother me
Say the devil is my savior
But I don't pay no heed
And I will go on shining
Shining like brand new
I'll never look behind me
My troubles will be few
Goodbye stranger it's been nice

por causa da lua..

today i stop the world - he said.
take me to the moon - she said


a lua. não falha. mexe. não falha nunca. vem sempre. mesmo que escondida, a querer que a veja, sem saber que quer. dela não dependem as nuvens ou a cor do céu. mexe nas marés, nas colheitas, nos índios, nas mães futuras que esperam contentes. guardo-a sempre, rente,  a mim, e também a ti, que a queres como eu. 
um dia vamos? vamos. 
silencio da lua que me remete, a um respeito que respeito sempre. impoe-se segura, cheia, ou em fases noutras que fazem parte. lua feminina, discreta, porque nada mais precisa de mostrar ou provar. é o que é. e eu, rendo-me, euforica por dentro á sua evidencia. 

D day

8 anos de amor sem condição, porque é incondicional.
meu amor Duarte, faz anos. Está feliz consciente do tempo e da sua altura na vida.
eu feliz por ele. e por nós, que o gozamos e vivemos a vê-lo descobrir o mundo.parabéns por tudo o que é, por tudo o que nos dá.