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sábado, 13 de outubro de 2012

Rio que se rende aos nossos pés



A PAISAGEM NÃO TEM DONO



Há paisagens que são de todos. 
Estão ali á mão de ver e viver, sempre paradas, nunca iguais, á nossa espera. 
É a forma que tem o mundo de se dar a nós que nele andamos, ás vezes tão apressados que nem nos damos conta. 
O rio nestes dias tem sido meu, nos meus andares, no meu respirar, na minha vontade de me sentir melhor. 
Parece que o vejo sempre como se fosse a primeira vez. 
É meu, é vosso, é nosso, é de todos, porque afinal não é de ninguém.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Lisboa nos Braços e nos Abraços

HOJE NO RIO

O Rio está muito perto de nós.

É por isso que também que me convida a ir sempre que posso andar ao longo da sua margem para a frente e para trás.
Hoje havia um grande paquete a aproximar-se do porto de Lisboa, trazia pessoas com sonhos lá dentro.
Sonhos que Lisboa vai cumprir na sua beleza e luz.
É isso que gosto de imaginar: as expectativas dos estrangeiros que nos visitam e a conferencia das mesmas. Lisboa confere aos meus olhos. É mais bonita do que se pensa. É mais bonita do que se espera.
E quem a Vê pela primeira vez encanta-se e nunca mais esquece. Há lugares assim no mundo. 

No meio da minha caminhada convicta, observo o que se me depara pela frente. Era uma senhora tambem de fato treino como eu a acenar com os dois braços qual codigo morse para o paquete, talvez com a ilusão que alguém a visse de um camarote e acenasse de volta. Depois um casal mais a frente a fazer a mesma coisa. 

As pessoas são boas, são abertas e abrem os braços para quem chega de novo, é como se cada um de nós fosse anfitrião da cidade, que é nossa e de todos os outros  que a queiram visitar para nunca mais esquecerem o que viram, o que sentiram.

A Lisboa rendida me sinto.





quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O CINEMA QUE FOI PARAISO

O Cinema em S.Martinho era um acontecimento. 
Era a esperança de um programa á noite excitante onde podiam acontecer emoções. Porque era pequeno e controlado, e toda a gente se conhecia era-nos permitido ir. 
Então as minhas primas e eu faziamos toillete para ir ao cinema. 
Tinha cadeiras de pau arrumadas ordenadamente e um cheiro tipico a antigo, misturado com pevides. 
Era uma especie de Cinema Paraiso: pelo rudimentar das ferramentas que davam as tão esperadas imagens e os tãos inesperados sons. 
Era o Cinema Paraiso porque no seu exisitir prometia ilusões e vendia sonhos. 
Caia o pano e levantava o pano. Por trás da janelinha de onde saia um foco de luz havia mistérios, a bobine rodava e ouvia-se paralela á voz eterna da Elizabeth Taylor, mas nós descontávamos, contentes que estavamos com o coração aos pulos. 
Chamava-se  CINEMA SONORO para marcar bem a sua evolução fazendo juz ao nome, dos outros filmes mudos que ja tinham passado de moda. 
O Cinema foi destruido. Talvez para dar lugar a mais um prédio de apartamentos igual a tantos outros. 
Fica na minha memória para sempre. 

"encontrei isto...era a senha de saida para qualquer entrada sem data marcada. Cinema Sonoro talvez para marcar bem que os filmes tinham som contrariando os filmes mudos da epoca anterior...querido Cinema Paraiso!"












É MESMO PARA IR.




VAMOS LÁ.

"Apesar de longe ainda temos voz,
A estrada é difícil mas não estamos sós,
Em vez de ser eu, experimenta sermos nós,
Vamos lá...
Qual é o destino, que eu sonho inventar,
Não sabe o caminho, sabe começar,
Não fica sozinho e não vai ficar,
Vamos lá...
Vem, faz, tu já és quem tu queres ser,
livre desse medo de crescer,
sobe além do que podes ver, Vamos Lá...
Vem, faz, tu já és quem tu queres ser,
livre desse medo de crescer,
sobe além do que podes ver, Vamos Lá...
Vamos ter a vida que queremos viver,
Andamos à noite até amanhecer,
Temos de agarrar o que não queremos perder.
Vamos lá...
Qual é o destino, que eu sonho inventar,
Não sabe o caminho, sabe começar,
Não fica sozinho e não vai ficar,
Vamos lá...
Vem, faz, tu já és quem tu queres ser,
livre desse medo de crescer,
sobe além do que podes ver, Vamos Lá...
Vem, faz, tu já és quem tu queres ser,
livre desse medo de crescer,
sobe além do que podes ver, Vamos Lá...

Vamos Lá...
Vem, faz, tu já és quem tu queres ser,
livre desse medo de crescer,
sobe além do que podes ver, Vamos Lá...

segunda-feira, 26 de março de 2012

UMA LIBERDADE ORDENADA. POP.


" Descobri recentemente que a liberdade é uma palavra que descreve bem o meu trabalho. Penso que o que caracteriza a minha obra é a liberdade com que diferentes conceitos , imagens, cores, abstração e figuração são combinados, tudo em quadros bastante geométricos e racionais.A minha forma de trabalhar faz usi de uma liberdade ordenada." Beatriz Milhazes. Brasil.













sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

se for por ai fico contente.

e agora já posso ir mais longe atrás do sol. 
preciso de ver o mar misturado com a luz. ou andar no rio ao sabor do vento com musica no prego a parecer que estou a voar. 
para alargar as margens e realizar que o mundo ainda é enorme, perto e longe. 
que cada vez mais as pessoas saiem de casa pelas razões certas e vão.
é boa a vida de tão simples que pode ser. 

a potencia do gerador ilumina a cor. é gratuito. vamos? vamos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

tempo ao tempo

O resto chama-se tempo. 
Depois da decisão tomada. 
Depois da historia apagada em formato de letras fisicas. 
Depois de saber que não há logicas nem equações consequentes. 
Depois de saber que tão importante como o sentimento é a capacidade. 
Depois de saber que não há coragem. 
Depois de saber que não se está na mesma linha, na mesma medida, no mesmo compasso. 
Depois de saber do desencontro. 

Sobra tudo o resto. Chama-se tempo. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

quadradismo dum coração..

Há corações quadrados, outros que são redondos. 
Os que são quadrados estão sempre dependentes da cabeça, é como se sempre para tudo estivessem ligados.
Pelo contrário os que são redondos vivem por si só. Só dependem deles proprios, são mais arriscados, são mais avessos ás amolgadelas, mas são tambem mais fortes porque destemidos. 
Os coraçoes quadrados acredito, gostavam de ser redondos, mas a maior parte das vezes não conseguem, porque têm arestas, angulos e linhas tão direitas que não se desviam, por causa do medo, das inseguranças, das amarras. Os corações quadrados não se ultrapassam a sim mesmos, fecham-se e dali não saiem. Não sabem o que perdem...
Os coraçoes redondos são os que voam , os que se deixam entregues, sem medo porque nos circulos que fazem sabem que a vida tem sabor de si mesma, e que ao dar-se recebe-se sempre, quase sempre. 
O bom desta historia é que acredito numa medida justa: os corações redondos reconhecem-se entre si, e mais cedo ou mais tarde acabam todos por se encontrar, numa dança de total sintonia em compasso igual, rodopiam..
Os corações quadrados limitam-se a ficar presos em si proprios numa caixa fechada, hermetica, como se so batessem por bater, sem questões, sem emoçoes para alem das que se controlam e por isso são sempre iguais. 
Eu sou declaradamente um coração redondo. E agradeço por isso à vida. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

saudades no tempo do verbo

quando se sentem saudades? não sei. 
as saudades têm uma relação estranha com o tempo. 
hoje não sei para mim dizer se as saudades são passado, presente ou futuro.
se te tenho á frente posso ter saudades. se não te tenho e não te vejo posso ter saudades. se não te tive nem vou ter naquele dia e naquela hora posso ter saudades. tem-se saudades do que não se viveu? 
sei do que falo, porque sei do que sinto. 
são as saudades o presente que revelam um sentimento agora, ou são elas só e apenas cativas de uma ideia que guardei? 
quero matá-las, dar cabo delas, sabendo de antemão que atrás dessas outras saudades virão. 
não há como tu em mim, assim. guardo as saudades numa caixa, mas a tampa fica aberta. 
a resistência à dor é sensivel ao amor.
as saudades são amor. por isso é que doiem. ás vezes a dor é boa. faz bem. 






terça-feira, 17 de maio de 2011

the heart knows, almost, allways.

Vou sempre reconhecer-te no meio da multidão. 
Antes de te ver, sinto te, e sei-te ali. Depois é só uma questão de olhos, cruzados pra confirmar que sim. 
Tem pessoas na nossa vida, que não têm tempo. Porque existem sempre no passar dos dias, e das horas que fazem o correr das coisas boas. 
Passaste por mim, a ao passar ficaste. Para que eu me lembre sempre que valeu a pena, no sentido das coisas que não têm tamanho, nem definição. Apenas a certeza de que por causa de pessoas assim, a vida é melhor. 
Chega saber-te bem. Nada mais é preciso, para a alegria dos meus dias.

terça-feira, 5 de abril de 2011

CONFESSO QUE VIVI.

Pai, hoje é dia de festa.
Está um sol lindo de primavera.
Hoje ha reunião de primos, nem de propósito estarmos todos, e no meio dos assuntos a tratar vamos falar de si, seguramente.
Todos os dias, por qualquer razão conto ao Duarte coisas do Avô Quito. Ele tem um jeito nato para desenho, a professora até ja me disse que nessa área ele promete, exprime o que quer com um lápis, numa perspectiva correcta e impecável. Está sempre a ler coisas, tem um lado muito intelectual.Vem de si.
O Francisco Hipólito seu neto mais novo, faz jus ao nome e já anda, é um fução da vida, a querer descobrir o mundo com uma curiosidade sem limites que o levará longe.
O Vasquinho tem de si a sensibilidade e bravura. É lindo e tem voz de bagaço..A Madalena também gosta de desenho e está sempre a criar...tem um sentido de humor e ri com uma gargalhada do fundo, contagiante. Através deles, o Pai também está muito presente nos nossos dias.
São heranças assim que nos dão sentido ás saudades imensas, que vivemos aqui.
Estamos ligados, eu sei. Porque sinto.
E onde quer que o Pai esteja, a fazer acrobacias nas nuvens, sei também que zela por nós.
Um beijo sem fim.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ser pássaro é ser mais alto



ser pássaro, é ser mais alto.


Do lugar alto, a paisagem inventa-se. Ou, tudo se emoldura á passagem do olhar.

Porque gostava muito de voar, olho muitas vezes os pássaros...
Os pássaros são um bocadinho donos do Céu, só porque estão mais perto. 
Percorrem as alturas e vêem-nos de cima. Acredito que são livres porque nessa perspectiva relativizam melhor a importância ou a insignificância das coisas. 
É sempre uma questão de foco. 
Vendo de perto tudo parece maior, mais pesado. Vendo de longe, sem fugas, vê-se com mais distância, vê-se com mais luz, com mais clareza.
Tem vezes que imagino ver o  mundo dessa altura, basta elevar-me. E quando isso acontece a leveza toma conta dos pesos que deixam de ser pesados.
Quantas vezes olhamos a paisagem? Quantas paisagens olhamos de uma vez? 
Um ano, um dia, uma hora, têm de diferente o que parece igual.
Um dia ao começar, parece um ano. Um ano ao acabar parece um dia. 
Quem não sabe ás quantas anda, às tantas é melhor parar, ver, ler, escrever, ouvir, e olhar o Céu.
Olhar de baixo para cima, não é mesmo que olhar de cima para baixo.
Ás vezes é preciso imaginar, que temos asas. Ganhamos na vantagem de podermos sentir o que vimos, seja de que degrau for. 
Os pássaros gosto deles, porque me lembram a possibilidade de o fazer, na liberdade da escolha.
Começo a ver de perto o que podia ver ao longe e vice versa. 
Assim foi, o passado fim de semana, num Alentejo nosso:
estava tudo á vista, numa dádiva gratuita, que só a Natureza sabe ser. 
O Céu estava por conta, como se nos agradecesse o facto de estarmos ali.

Afinal o dia, não acabava só deste lado..


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

in-u

O tempo não existe ali. Por isso não passa.
perguntas-me, como passou sem passar? porque não passa nem passará. isso do tempo é muito in..la dentro de nós interminável também.
intemporal digo antes. 
se não me sais da frente, sempre, o tempo não é com a gente...
tempo fixo em nada intermitente, porque os intervalos, servem só para confirmar...
guardo em mim tudo de ti. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

horizonte

EM CADA MUNDO, AS VONTADES DESENHAM OUTROS MUNDOS E ASTROS PARA OS AQUECEREM. É SUPOSTO VIVER-SE UNIVERSALMENTE, ASSIM.
é suposto e vive-se. ou vivo, eu. se bem que por vezes os astros parecem não ter o aquecimento ligado. porque os outros mundos podem não reger-se pelo mesmo termóstato.é aí que as temperaturas diferem, num desencontro silencioso, sem linguagem que caiba. porque a liberdade gera a hipotese de não se escolher as estrelas como luz de fundo, ao fundo do fundo de nós,  que sabemos que, se quisermos podem lá estar sempre. 
as vontades desiguais, gerem por vezes mundos desiguais, porque outros. vale-nos a diferença essa, pelo consolo de saber que não são nunca intermitentes os focos de luz que as estrelas nos dão. Vai dar tudo ao mesmo afinal...porque de uma outra forma todos procuramos o mesmo, só que uns sabem disso, á velocidade da luz, outros não..os foguetões não andam na mesma velocidade..mas que interessa isso afinal, se a linha do horizonte está lá sempre á nossa frente...universalmente assim..

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

you & them.

achamos nós que ja chega de testes e provas. e quando pensamos que tudo está arrumadinho numa caixa que se abre e fecha segundo a nossa vontade, que ali cabe tudo o que somos e queremos...a vida provoca-nos e vira-nos ao contrario...
perturbante. é mesmo perturbante. a nossa cabeça sempre inquieta e descontente a abanar-nos os usos e costumes. mas seu estava bem, porque é que isto me acontece?? é para confirmar? é para te por a prova? é para te desarrumar?o que está vivo, vivo está. passa o tempo, mas nem sempre as vontades. 
não recuses, não fujas, enfrenta e pensa. mas deixa a vida levar-te. são encomendas registadas, para serem entregues na pontualidade designada...não posso fechar a porta? não.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

nunca..

Eu nunca te deixo quando me afasto.
porque te transporto comigo e falo contigo no pensamento. 
porque fazes parte do meu mundo de todos os dias, a tantas horas. 
és de mim.

domingo, 5 de dezembro de 2010

perguntas sem respostas à letra.

onde estás?para onde vais? de onde vens? o que te faz rir, e chorar? o que fizeste? qual o sentido do teu coração? qual a direcção? porque  sentes assim? porque foges? porque procuras o que não ha? porque complicas?porque disseste e não fizeste? o que te eleva? o que te põe contente? o que te  faz ser gente?
o que te enche as  medidas? o que te tira do serio? o que te aquece? como sabes? o que queres afinal? 
não sabes. pois,  bem me parecia.
ora então, não te perguntes. sente, porque assim és gente. vive, porque assim os dias se fazem leves. deixa te ir, só sabes o bom, se fores. 
sabes o que sei? 
é que somos maiores do que pensamos, mais fortes do que imaginámos, mais capazes do que julgamos, mais herois quando nos surpreendemos, mais frageis porque deixamos...e assim o coração nosso vai e volta cheio,  porque contente está. 
 

e, valeu a pena????