Há corações quadrados, outros que são redondos.
Os que são quadrados estão sempre dependentes da cabeça, é como se sempre para tudo estivessem ligados.
Pelo contrário os que são redondos vivem por si só. Só dependem deles proprios, são mais arriscados, são mais avessos ás amolgadelas, mas são tambem mais fortes porque destemidos.
Os coraçoes quadrados acredito, gostavam de ser redondos, mas a maior parte das vezes não conseguem, porque têm arestas, angulos e linhas tão direitas que não se desviam, por causa do medo, das inseguranças, das amarras. Os corações quadrados não se ultrapassam a sim mesmos, fecham-se e dali não saiem. Não sabem o que perdem...
Os coraçoes redondos são os que voam , os que se deixam entregues, sem medo porque nos circulos que fazem sabem que a vida tem sabor de si mesma, e que ao dar-se recebe-se sempre, quase sempre.
O bom desta historia é que acredito numa medida justa: os corações redondos reconhecem-se entre si, e mais cedo ou mais tarde acabam todos por se encontrar, numa dança de total sintonia em compasso igual, rodopiam..
Os corações quadrados limitam-se a ficar presos em si proprios numa caixa fechada, hermetica, como se so batessem por bater, sem questões, sem emoçoes para alem das que se controlam e por isso são sempre iguais.
Eu sou declaradamente um coração redondo. E agradeço por isso à vida.
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