sábado, 26 de fevereiro de 2011

estrada da vida...a vida é uma estrada

Es-colher é semear


A vida leva-se a escolher. Sabemos isso desde logo. As escolhas fazem parte do caminho: 
qual a cor preferida, qual o brinquedo eleito, qual o clube de futebol, se queremos croquetes ou feijoada, se gostamos mais de praia ou de campo, se a musica é rock, pop, clássica ou outras. 
Na medida em que não temos a capacidade de tudo ter, de tudo fazer, de tudo acontecer, passamos a vida a tomar decisões, a escolher, o que se quer colher.. decidir é semear. É semear apostando na escolha, acreditando que por ela, pomos tudo e encontramos mais de nós em nós. 
Livre possibilidade nas escolhas que são possíveis. 
Uma vez feita e realizada a escolha, sobra o contentamento de a viver na certeza de saber que aquela era, ou é,  a melhor. E a melhor escolha é invariavelmente a que nos faz sentir melhor. 
Vou por ali, porque a luzinha verde dentro de mim me diz em voz baixa: 
"por ali é melhor, mesmo que não seja mais fácil"- a verdade da escolha, na escolha da verdade. 
Nem sempre se deve seguir á risca as escolhas espontâneas e tentadoras que se nos deparam. 
Seguir á risca pode ser arriscado. Andando na Vida, e escolher para semear, na vantagem do tempo mestre que quanto mais passa, mais nos ensina. 
E assim, a favor do vento ou em contra luz, a ideia na escolha reluz.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

vertigens de ti.

Em qualquer lugar que estejas, te sinto. Para cima do equador, abaixo do mesmo, para leste ou oeste, nada interessa porque de qualquer montanha ou chão a linha do horizonte desenha-se á minha frente contigo no fundo. É global o sentimento, na vertigem do que sinto. Estás em mim sempre, em qualquer fuso horário, sem questão. O presente é sempre. Assim me tens, num sonho real que acredito sempre fazer-se. 
Um dia sim meu amor, nós sem nós no mundo nosso que vivo agora como se já lá estivesse. 
Por tudo o que me dás e deixas saber de ti em mim, de mim em ti.
Vertigem esta que nunca me deixa cair..eleva-me e suspende-me num voo controlado que não acaba nunca..assim somos amor.Allwayswe.

Sábado, 19 de Fevereiro de 2011




DIGITALIZADA, A NOSTALGIA DEVERIA CONSUMIR-SE SEM GRANDE 
ESFORÇO.


Ás vezes, que são cada vez mais raras, em que a tristeza invade o dia e 
a noite, 
a memória como um livro de capa preta assume o tempero e comanda 
o meu estado, manda-me imagens e sensações velhas como se 
as estivesse
a viver agora. 
Sem saber como nem porquê, perpetuam-se numa noite que parece 
não querer acabar e variam a sensação do eterno com luz. 
É como se o eterno que não imagino fosse um túnel escuro, 
do qual não acho a saída..depois adormeço numa espécie de 
consolo sabendo que o dia vem, e a luz também. 


Mas, na contagem dos dias quase todos, o eterno tem sempre Luz. 
Porque para  mim a nostalgia tem romantismo lá dentro. 
Assim a digitalizo. 
É afinal a única forma que conheço, e sei,  de guardar as 
coisas na Alma. 
Nostalgia misturada com saudade, faz-me rever a matéria. 
E tudo por causa da memória.
A memória é como uma máquina, um motor de busca interna que
 nos apresenta as sensações de ontem ou de muito longe, 
numa moldura de hoje. 
Nos botões da memória minha, revejo cheiros e sabores, 
musicas e cores, paisagens e vozes, pessoas e lugares. 
É me dado saber por aí, que tudo isso que revejo foi vivido por mim. 
É a minha historia de vida registada em contextos e cenários que me 
fazem tanto sentido, porque através desse álbum percebo 
onde estou e como cheguei aqui.  
Únicos responsáveis pela felicidade, os desejos vão sendo espalhados 
pelas paredes da minha casa..e assim vivo, contente.
 de facto as nossas circunstancias.

















sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ser pássaro é ser mais alto



ser pássaro, é ser mais alto.


Do lugar alto, a paisagem inventa-se. Ou, tudo se emoldura á passagem do olhar.

Porque gostava muito de voar, olho muitas vezes os pássaros...
Os pássaros são um bocadinho donos do Céu, só porque estão mais perto. 
Percorrem as alturas e vêem-nos de cima. Acredito que são livres porque nessa perspectiva relativizam melhor a importância ou a insignificância das coisas. 
É sempre uma questão de foco. 
Vendo de perto tudo parece maior, mais pesado. Vendo de longe, sem fugas, vê-se com mais distância, vê-se com mais luz, com mais clareza.
Tem vezes que imagino ver o  mundo dessa altura, basta elevar-me. E quando isso acontece a leveza toma conta dos pesos que deixam de ser pesados.
Quantas vezes olhamos a paisagem? Quantas paisagens olhamos de uma vez? 
Um ano, um dia, uma hora, têm de diferente o que parece igual.
Um dia ao começar, parece um ano. Um ano ao acabar parece um dia. 
Quem não sabe ás quantas anda, às tantas é melhor parar, ver, ler, escrever, ouvir, e olhar o Céu.
Olhar de baixo para cima, não é mesmo que olhar de cima para baixo.
Ás vezes é preciso imaginar, que temos asas. Ganhamos na vantagem de podermos sentir o que vimos, seja de que degrau for. 
Os pássaros gosto deles, porque me lembram a possibilidade de o fazer, na liberdade da escolha.
Começo a ver de perto o que podia ver ao longe e vice versa. 
Assim foi, o passado fim de semana, num Alentejo nosso:
estava tudo á vista, numa dádiva gratuita, que só a Natureza sabe ser. 
O Céu estava por conta, como se nos agradecesse o facto de estarmos ali.

Afinal o dia, não acabava só deste lado..


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

verdade citada

Injustamente, o homem justo tem de se ajustar à falta de justiça.


"Calam-se as vozes da razão, ressoam mais alto as do 

lucro, com a astúcia dos seus disfarces: 

os homens abandonam a linguagem articulada, 
para se reduzirem a ventríloquos na grande 
feira das vaidades e dos interesses, 
em que não é possível descobrir apóstolos de fé e 
exemplo, mas vendedores de palavras" 

Hipólito Raposo 1940


assim escrevia o meu avô...escreveria hoje igual caso pudesse. 


A questão é quase sempre a mesma. O pior o mais caro 
de todos os vicios, a vaidade.
A vaidade é vaidosa, por isso é tão dificil sair dela. 
Vaidade fútil do ter: achar-se quem se acha dono do 
mundo, dos outros, das coisas, das verdades. 
Vaidade cega, surda e muda.
Vaidade viciante, de quem nada tinha, e julga tudo ter, 
por causa do poder.
Como se fazem os acertos na contabilidade analítica 
interna de todos nós?
Fazem-se a acertar em nós, aquilo que não gostamos 
de ver nos outros. 
Depois, vem alento, porque nos é dado sempre saber, 
que de uma ou outra forma, 
num qualquer dia desigual, 
o mais importante no fundo, está no Alto.  
Esta é a maior verdade: totalmente isenta de vaidade. 
Daí ser verdade. 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

LINKS:

“No passado, em relação a temas diversos, custou-me aceitar que a maneira como eu via isto ou aquilo pudesse estar longe da imagem real das coisas (disto, daquilo). Se esta pessoa era outra pessoa, se aquela cor era outra cor, tinha de aprender tudo outra vez. Tinha de mudar a percepção de tudo em função desse dado novo. Tudo está ligado a tudo. Esta pessoa não existe independentemente das outras cores. As pessoas e as cores não existem independentes de todos os outros elementos. Hoje também custa a aceitar que possa ver isto ou aquilo de forma imperfeita, mas considero essa possibilidade.”J.L.Peixoto

in-u

O tempo não existe ali. Por isso não passa.
perguntas-me, como passou sem passar? porque não passa nem passará. isso do tempo é muito in..la dentro de nós interminável também.
intemporal digo antes. 
se não me sais da frente, sempre, o tempo não é com a gente...
tempo fixo em nada intermitente, porque os intervalos, servem só para confirmar...
guardo em mim tudo de ti.