Injustamente, o homem justo tem de se ajustar à falta de justiça.
"Calam-se as vozes da razão, ressoam mais alto as do
lucro, com a astúcia dos seus disfarces:
os homens abandonam a linguagem articulada,
para se reduzirem a ventríloquos na grande
feira das vaidades e dos interesses,
em que não é possível descobrir apóstolos de fé e
exemplo, mas vendedores de palavras"
Hipólito Raposo 1940
assim escrevia o meu avô...escreveria hoje igual caso pudesse.
A questão é quase sempre a mesma. O pior o mais caro
de todos os vicios, a vaidade.
A vaidade é vaidosa, por isso é tão dificil sair dela.
Vaidade fútil do ter: achar-se quem se acha dono do
mundo, dos outros, das coisas, das verdades.
Vaidade cega, surda e muda.
Vaidade viciante, de quem nada tinha, e julga tudo ter,
por causa do poder.
Como se fazem os acertos na contabilidade analítica
interna de todos nós?
Fazem-se a acertar em nós, aquilo que não gostamos
de ver nos outros.
Depois, vem alento, porque nos é dado sempre saber,
que de uma ou outra forma,
num qualquer dia desigual,
o mais importante no fundo, está no Alto.
Esta é a maior verdade: totalmente isenta de vaidade.
Daí ser verdade.
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