terça-feira, 5 de abril de 2011

CONFESSO QUE VIVI.

Pai, hoje é dia de festa.
Está um sol lindo de primavera.
Hoje ha reunião de primos, nem de propósito estarmos todos, e no meio dos assuntos a tratar vamos falar de si, seguramente.
Todos os dias, por qualquer razão conto ao Duarte coisas do Avô Quito. Ele tem um jeito nato para desenho, a professora até ja me disse que nessa área ele promete, exprime o que quer com um lápis, numa perspectiva correcta e impecável. Está sempre a ler coisas, tem um lado muito intelectual.Vem de si.
O Francisco Hipólito seu neto mais novo, faz jus ao nome e já anda, é um fução da vida, a querer descobrir o mundo com uma curiosidade sem limites que o levará longe.
O Vasquinho tem de si a sensibilidade e bravura. É lindo e tem voz de bagaço..A Madalena também gosta de desenho e está sempre a criar...tem um sentido de humor e ri com uma gargalhada do fundo, contagiante. Através deles, o Pai também está muito presente nos nossos dias.
São heranças assim que nos dão sentido ás saudades imensas, que vivemos aqui.
Estamos ligados, eu sei. Porque sinto.
E onde quer que o Pai esteja, a fazer acrobacias nas nuvens, sei também que zela por nós.
Um beijo sem fim.

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