O espaço em nós é um balao de ar, onde sopramos nós, sopram os outros, sopra a vida. A elasticidade do balão permite que nos confundamos com ele... Parece que quanto mais sopram nele, maiores somos também... E há uma verdade nisso. A verdade de sermos almas receptivas, mas cuja generosidade é medida e avaliada pelo tamanho do balão.
O bom dos balões é serem tembem capazes de voar. À medida que os sabemos tirar de dentro de nós. Pari-los. Como uma mãe que desincha no dia de dar à luz. E o bom de crescermos é aprendermos a pôr os baloes a voar... ainda que presos pelo fio à nossa mao. E os balões lá fora, acima das nossas cabeças, libertam espaço. O espaço para entrarmos também, bem, no balão dos outros.
Com o tempo muito do que sopra cá para dentro, vai tambem soprando de forma diferente. Os filhos descobrem novos balões; as mães levam o oxigénio para muito mais longe de nós, algures lá para cima das nuvens; os pais dos nossos filhos desistem aos poucos de poluir com fumo a alma do teu balão; a vida ensina-nos a filtrar quem sopra e, assim, com o tempo, rearrumamos o espaço cá dentro. E descobrimos lugar para aquilo que nos parecia tão dificil de integrar em nós. E muito do que condicionava a nossa disponibiliade, vai-se transformando... lentamente e subtilmente.
Um dia acontecem coisas novas. Inesperadas. Adequadas ao nosso novo Eu desse dia novo, porque o espaço em nós faz-se novo também, ou diferente, e provavelmente surpreendente, para quem faz caminho na vida como tu. No sentido de recuperar espaço de tudo o que tanto se instalou em nós, e que às vezes cansou e foi sendo demais. Porque os baloes tambem voam e também sopram para fora. You'll see.
Love u and your ballon.
1 comentário:
Talvez um dos grandes segredos da vida esteja em saber encher o nosso próprio balão e ter consciência que o ar para o encher, vem de dentro.
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