quarta-feira, 17 de março de 2010

obrigado que chega.

A maria escreveu isto e mandou-nos. eu gostava de dizer exactamente isto aos meus amigos, ela incluida..e por isso fiz minhas palavras dela...um perfeito Copy past, sem pesos nem culpas......obrigada eu, maria...

“Um dia acordei de repente e vi que tinha tudo o que queria. Isto não é normal, pensei. Mas era verdade. Tenho quase tudo. Não porque mereça. Não porque tenha trabalhado para isso. Tenho tudo o que quero – e olhem que não quero pouco – simplesmente porque tenho sorte. “ (M.E.C.)



Pois é assim que me encontro por estes dias meus queridos amigos. E naquela noite, estava no auge desta euforia.


Grata. Tão grata, cega de gratidão, incapaz de ver defeito no que quer que fosse, o bolo de chocolate estava um pouco seco mas não faz mal porque a blatertarte estava divina e compensou, o reverso da medalha a fazer-se valer e a falar mais alto.


Talvez goste agora de viver como nunca, mais do que nunca. Talvez goste de vocês como sempre mas precise de vos ter por perto como nunca. Por fazer sentido. Será também a noção de que metade já passou e só temos na melhor das hipóteses outra metade e há que aproveitar. E estou hoje mesmo feliz (eu que me recusei muitas vezes a usar esta palavra por ser imprecisa) – quero dizer que estou feliz por me ter calhado em sorte ter-vos como amigos.


Alguma coisa mudou, ainda não sei bem definir a mudança mas durante muitos anos fui muito auto-suficiente, gostava muito da parte boa da solidão e exerci-a profundamente mesmo sabendo que a parte menos boa vinha junto, viciei-me em não precisar de ninguém para quase nada. Depois fui mãe. A vida virado do avesso. Tudo outra coisa, o tempo deixou de ser meu, o território da minha alma foi de tal maneira ocupado que eu quase não caibo nele. O tempo de estar só passou a ser interdito sem ses nem mas. E este bocadinho em que vos escrevo no silêncio da casa noite dentro (a qualquer momento interrompida pelo choro da Sancha que não consegue dormir ou da Violeta com um pesadelo novo) gozo-o como um mergulho no mar num dia quente e respiro fundo. Isto para dizer que tudo é bom, o tempo não ser meu e o tempo ser meu. O que gostando de vocês não precisava, e o que agora continuando a gostar, preciso. Isto para dizer que não prescindo de nenhum de vocês e que passou a ser importante sentir-vos perto, no tempo como um rio, na alma como uma casa.


Sei hoje a sorte que tenho por sermos amigos - vou-me agarrar a ela e fazer por merecer não perdê-la.


Gostei tanto da minha festa, de celebrar 40 anos 40 amigos, que estou a pensar vestir-me de noiva e casar-me só para fazer outra festa melhor ainda. Com cada um de vocês!

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