sábado, 29 de janeiro de 2011

Coração meu em nada Ateu


CORAÇÃO MEU, EM NADA ATEU.

Está mais do que provado que  o coração se oferece. 

Até porque a razão sabe muito bem que não é ela que decide a nossa anatomia.

Foi por causa de ti, naquele lugar,  que nada previa: 
Em dias iguais a tantos, vi-te pela janela, afinal estava acordada, e não era uma historia aos quadradinhos, eras tu, numa rodela a andar ás voltas de mim. 
Fugi de mim para ti. 
Fugir não foi bem assim, corri antes de braços abertos porque o coração estava em turbo.
E, sem pensar se havia travões de medo (porque a vertigem era maior) saltei e disse-te: 

- estou aqui. 

A intuição é a regra, mas é preciso ler o manual das instruções... e de nada serve fazer batota. 
O meu coração deu-se porque na sua lanterna sabe que o pode fazer. 
Sei de mim, sei de ti em mim, não sei de ti. 
E chega. Porque sabendo o que sei, gosto mais de mim assim. 

p.s. "you may say i'm a DREAMER, but i'm not the only one"

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sábado, 22 de janeiro de 2011

factos sem questão.

LUA de Sophia


Entre a terra e os astros, flor intensa, 
Nascida do silencio, a lua cheia
Dá vertigens ao mar a azula a areia, 
E a terra segue-a em êxtases suspensa. 


Teve forte a lua nossa estes dias..composição cósmica para nos lembrar que tanta vez somos mais frageis e fortes do que julgamos...acompanhada  me senti tanto, pelos outros que fazem os meus dias. E a Lua pejada de luz nos enfeitava, deixando o Sol chegar cheio também, a acordar os dias..assim andaram em total sintonia, para gozo de nós que os vimos de baixo, tornando relativo o relativo.
As Leis do Universo, são para cumprir. 


diz o povo: Ao Luar de Janeiro veêm-se as raposas no outeiro...
e diz bem.

sábado, 15 de janeiro de 2011

horizonte

EM CADA MUNDO, AS VONTADES DESENHAM OUTROS MUNDOS E ASTROS PARA OS AQUECEREM. É SUPOSTO VIVER-SE UNIVERSALMENTE, ASSIM.
é suposto e vive-se. ou vivo, eu. se bem que por vezes os astros parecem não ter o aquecimento ligado. porque os outros mundos podem não reger-se pelo mesmo termóstato.é aí que as temperaturas diferem, num desencontro silencioso, sem linguagem que caiba. porque a liberdade gera a hipotese de não se escolher as estrelas como luz de fundo, ao fundo do fundo de nós,  que sabemos que, se quisermos podem lá estar sempre. 
as vontades desiguais, gerem por vezes mundos desiguais, porque outros. vale-nos a diferença essa, pelo consolo de saber que não são nunca intermitentes os focos de luz que as estrelas nos dão. Vai dar tudo ao mesmo afinal...porque de uma outra forma todos procuramos o mesmo, só que uns sabem disso, á velocidade da luz, outros não..os foguetões não andam na mesma velocidade..mas que interessa isso afinal, se a linha do horizonte está lá sempre á nossa frente...universalmente assim..

sábado, 8 de janeiro de 2011

retiro, para voltar a dar

Marcar encontro consigo próprio é sinal de respeito pelo outro.
Rever a matéria lá dentro é assunto pessoal e ás vezes intransmissível, porque as palavras estão todas lá, em formatos geométricos até, em caras e expressões que por isto ou aquilo nos tocam, ou em sons que nos levam a voar. 
Mas, para consolidar isto tudo afim de distribuir outra vez, dando o que se pode em pacote grátis, é preciso mesmo parar, para abastecer matéria de nós em nós. 


O silencio é só não falar? o silencio fala sim, porque nós o ouvimos se quisermos.
O silencio, digo, não me assusta. Pelo contrario, alimenta-me. 


Muito discreto,  porque sem tom, nem som, sem alarmes nem pressas, está lá sempre afinal à minha espera, porque para se fazer ouvir, o silencio mete-se ao canto. E sempre que me lembro que ele existe, por causa da temperatura do corpo, ou da cabeça, lá vou encolhida á espera duma cobrança que nunca tem factura. 
Há tanto de nós dentro de nós, que só o silencio sabe interpretar.
Marcar encontro com nós mesmos, é vital. E todos ficam a ganhar.
Retirar -me do dia a dia urgente, faz-me  mesmo ser mais gente. 

partitura da vida a 4 mãos

escrever, ou seja viver a vida a 4 mãos é como devia ser. mas ás vezes é muito difícil. porque antes de se partir para esta sintonia, tem de se saber quase de cor o sentido de cada nota, sustenido e colcheia...ou seja saber quase de cor as partituras para que não se repitam, ou desafinem os sons..
quando o habito se apodera, acreditamos ser maestros soberanos que qualquer nota dominamos, como se na nossa experiência de teclados e cordas percorridos nos permitisse tocar de olhos fechados qualquer pauta que se nos apresente à frente.
depois um dia, realizamos que já não gostamos do que ouvimos de nós, por causa da repetição sem invenção que toca os nossos dias. é preciso parar para reaprender o solfejo todo..das 7 notas que tudo fazem saem planos infinitos porque eternos. E isto desde logo, nos posiciona. Não somos donos de tudo so porque já tocámos muito. dominar as escalas, os meios tons, e as oitavas afinadas tem muito que se lhe diga: por causa daquela verdade antiga, mas perpétua: quanto mais sei mas percebo o quanto ainda não sei, por me faltar tanto saber..
a vida é pra ser a 4 mãos, articuladas numa motricidade fina, por causa da fragilidade..da nossa e da dos outros. só assim se faz e cria uma orquestra completa a tocar os nossos dias para a frente...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ANO INTERNACIONAL DA QUIMICA.

"ESTAMOS LIGADOS. EM CIRCULOS VICIADOS E VIRTUOSOS, DESTA MATÉRIA ESTAMOS DE ACORDO.MAS IMPORTA REGULAR A ACIDEZ. AFINAL, AS MELHORES SOLUÇOES SÃO BÁSICAS E AS PIORES NUNCA SÃO NEUTRAS. FORMULA HIPOTESES, FAZ EXPERIENCIAS, TIRA CONCLUSÕES: 
SAIS DE PRATA OU ENTRAS DE OURO?"


ENTRO EM LIGA VERDADEIRA, DAQUELA QUE É LEVE COMO ALUMINIO, MAS DENSA COMO O CHUMBO. ESTANQUE PARA FICAR, DEPOIS DE EXPERIENCIAS CONTIDAS E AGORA REVELADAS. NÃO É POSSIVEL DAR-SE O QUE NÃO SE TEM.NÃO POSSO PARTIR-ME. SERIA MUITO PESADO. POR CAUSA DO CRISTAL DOS OUTROS..
A QUIMICA FALA COM RAZÃO..E EU ACRESCENTO ENTÃO: SE RECUSAS UM SENTIMENTO A TI PROPRIO, ELE AUMENTA 1000 VEZES..É ANTIQUIMICO RECUSAR, NÃO DÁ PRA IGNORAR. PORQUE ELE (O SENTIMENTO) PODE REBENTAR DE CHEIO, E NINGUEM FICA PARA APANHAR O QUE SOBRA...
Para os mesmos erros? resultados iguais. imutavel verdade tanta vez esquecida a mando do coraçao voador...mais uma experiencia digo..e fico, porque o despertador tocou mais cedo, desta vez. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

une lettre..

Il faut qu'on se revoit.
Tu sais depuis mardi j'ai beaucoup pensé à toi.
Je suis joignable au 06 06 06 06 ou le soir chez moi.

J'ai passé une nuit délicieuse même si j'ai un peu la migraine.
Tu es belle quand tu es odieuse. Je te dis à dans une semaine.

Je rêve de ton corps. Je rêve de ta bouche. Je te veux près de moi, je veux que tu me touches.
Je rêve de ta peau et de tes mains. Je ne pense qu'à toi, je ne bosse plus, je fous rien.

Mon amour tu dormais si bien que j'ai pas osé te réveiller.
Je travaille jusqu'à 7h20 si tu veux aprés on peut s'appeler.
Je sais pas ce que tu fais ce soir, moi j'ai rien de prévu, si t'as du travail, je te dis à plus tard et j'embrasse ton cul.

Je suis toi je te veux je pense à nous. Tu es mon homme tu es mon idéal. Je te désire, tout le temps, partout. Tu es mon grand projet et je te suivrai n'importe où.

Parce que je t'aime, parce que tu me rends heureux.
Parce que des fleurs dans une cuisine c'est joli.
Je t'embrasse encore, encore, ouais là aussi.

Mon amour demain matin rejoins moi à l'aéroport, terminal 2 neuf heures et demie.
Ne pose pas de questions prends juste ton passeport.
Je t'aime, je t'aime bonne nuit.

Chérie y a des trucs à manger dans le frigo, je vais rentrer tard, sans doute aprés le dernier métro.
Tu vas pouvoir enfin te faire une soirée tranquille. Je t' (et là y a un coeur dessiné au stylo bille).







segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

todos os dias escrever..pra não esquecer. 

you & them.

achamos nós que ja chega de testes e provas. e quando pensamos que tudo está arrumadinho numa caixa que se abre e fecha segundo a nossa vontade, que ali cabe tudo o que somos e queremos...a vida provoca-nos e vira-nos ao contrario...
perturbante. é mesmo perturbante. a nossa cabeça sempre inquieta e descontente a abanar-nos os usos e costumes. mas seu estava bem, porque é que isto me acontece?? é para confirmar? é para te por a prova? é para te desarrumar?o que está vivo, vivo está. passa o tempo, mas nem sempre as vontades. 
não recuses, não fujas, enfrenta e pensa. mas deixa a vida levar-te. são encomendas registadas, para serem entregues na pontualidade designada...não posso fechar a porta? não.

S.M.P.

desse lugar guardo tudo o que achava ser meu, quando voava a acreditar que tinha o mundo aos pés, e nas maos de vez em quando...
o cheiro do nevoeiro que vinha com o mar, mas em nós a promessa fazia-se para cumprir: o dia vai abrir. descer a ladeira de manhã, era o acordar para a vida: numa corrida desenfreada até meio (depois de passar aquele casebre abandonado, onde viviam os nossos fantasmas) e depois a disfarçar, como se os medos não fossem connosco...
chegar á rua dos cafés, era um aperto bom no coração: quem estava, quem ia, quem vinha, para onde íamos?
irremediavelmente, acordar as alburquerques, naquela casa longe,  depois da estação, que cheirava sempre a cão..antes era a passagem pela casa dos torres pereira, aquele portão difícil de enfrentar, com medo de corar pelo bater do coração...aparecia a sofia, sempre a rir, tipica no andar e no ar..
a tarde e péssimas horas lá  avançávamos para a baia..o must era o barco dos tavares que fazia as nossas delicias..sorte de quem era escolhida. exactamente ás 13h em ponto, doesse a quem doesse iamos almoçar a casa: com cara de netos bem comportados, comer as refeições destinadas a preceito, cheias de vitaminas, com legumes do dia.
as tardes passavam devagar...tudo e nada acontecia.
Tinha dias que fazia gazeta. ficava a ler na  janela do quarto dos engomados, era de onde melhor se via a baía...escrevia linhas a fio no meu diario secreto: tudo o que sentia e pensava, tudo o que fazia parte de mim e dos outros..tudo o que via e imaginava.
nos outros dias iamos aos farois, a salir tudo era longe e tão perto. jogos de futebol, corridas de bicicleta, escaladas impensadas á praia da gralha..
os nossos meses eram sempre julho e setembro...agosto era sempre altura de intervalar..iamos para o algarve. voltávamos a S.Martinho, que nos esperava contente, cheias de novidades e roupas novas para mostrar..
quando começamos a sair á noite, o drama era a negociaçao das horas...o greenhill era um frisson. Mas antes antes ainda, era a chegada á noite depois de percorrida a ladeira, ao cimento. Passavamos ao lado de surra como se nada fosse. Directos a casa dos T.P., ponto de encontro e de lugar reservado para a carrinha que nos levava ao molhe para a foz..as noites eram magicas. Musica do melhor..noites inesqueciveis, na maior ingenuidade viviamos intensas paixoes, cheias de vergonhas, com o coraçao aos saltos..um dia deixei de ir. 


suspendi aquele lugar da minha vida, por escolhas outras..

voltar lá, tanto tempo depois foi saber que eu era eu...2010 voltas no carrossel. 
encontro quem nao sabia que sabia de mim. encontro tudo, quase tudo no lugar..sem nostalgias, sem tristezas, com a alegria do tempo que foi meu em memorias implacáveis..
servem as caras e os sorrisos para confirmar o que afinal (achava eu) havia esquecido.se voltasse a nascer, aquela é e será sempre a praia da minha infancia...ama-se sempre o que foi nosso.
p.s. esta fotografia é de setembro de 1935. o meu pai e tios nesta praia que por isso, habita a minha alma.