quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Arvore daquele jardim
Gosto de árvores.
Gosto de árvores por tantas razões.
Gosto de árvores porque tu também gostas e as vês assim.
Gosto da possibilidade de trepar e ver tudo la de cima.
Gosto das raizes presas á terra.
Gosto do cheiro.
Gosto de poder abraçar uma árvore e ficar ali.
Gosto de ver a luz do céu através delas.
Gosto dos desenhos dos ramos em sombras.
Gosto do silencio.
Gosto da permanencia, apesar das intemperies.
Gosto do que fica.
Gosto do que encontro sempre igual.
Gosto de gostar.
Etiquetas:
declaraçoes concretas.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
saudades no tempo do verbo
quando se sentem saudades? não sei.
as saudades têm uma relação estranha com o tempo.
hoje não sei para mim dizer se as saudades são passado, presente ou futuro.
se te tenho á frente posso ter saudades. se não te tenho e não te vejo posso ter saudades. se não te tive nem vou ter naquele dia e naquela hora posso ter saudades. tem-se saudades do que não se viveu?
sei do que falo, porque sei do que sinto.
são as saudades o presente que revelam um sentimento agora, ou são elas só e apenas cativas de uma ideia que guardei?
quero matá-las, dar cabo delas, sabendo de antemão que atrás dessas outras saudades virão.
não há como tu em mim, assim. guardo as saudades numa caixa, mas a tampa fica aberta.
a resistência à dor é sensivel ao amor.
as saudades são amor. por isso é que doiem. ás vezes a dor é boa. faz bem.
as saudades têm uma relação estranha com o tempo.
hoje não sei para mim dizer se as saudades são passado, presente ou futuro.
se te tenho á frente posso ter saudades. se não te tenho e não te vejo posso ter saudades. se não te tive nem vou ter naquele dia e naquela hora posso ter saudades. tem-se saudades do que não se viveu?
sei do que falo, porque sei do que sinto.
são as saudades o presente que revelam um sentimento agora, ou são elas só e apenas cativas de uma ideia que guardei?
quero matá-las, dar cabo delas, sabendo de antemão que atrás dessas outras saudades virão.
não há como tu em mim, assim. guardo as saudades numa caixa, mas a tampa fica aberta.
a resistência à dor é sensivel ao amor.
as saudades são amor. por isso é que doiem. ás vezes a dor é boa. faz bem.
Etiquetas:
ceu aberto
domingo, 23 de outubro de 2011
querer o que se faz. fazer o que se quer.
«O que se quer»
«Querer alguém, ou alguma coisa, é muito fácil. Mesmo assim, olhar e sentirmo-nos querer, sem pensar no que estamos a fazer, é uma coisa mais bonita do que se diz. Antes de vermos a pessoa, ou a coisa, não sabíamos que estávamos tão insatisfeitos. Porque não estávamos. Mas, de repente, vemo-la e assalta-nos a falta enorme que ela nos faz. Para não falar naquela que nos fez e para sempre há-de fazer. Como foi possível viver sem ela? Foi uma obscenidade. Querer é descobrir faltas secretas, ou inventá-las na magia do momento. Não há surpresa maior.
O que é bonito no querer é sentirmo-nos subitamente incompletos sem a coisa que queremos. Quanto mais bela ela nos parece, mais feios nos sentimos. Parte da força da nossa vontade vem da força com que se sente que ela nunca poderia querer-nos como nós a queremos. Querer é sempre a humilhação sublime de quem quer. Por que razão não nos sentimos inteiros quando queremos? É porque a outra pessoa, sem querer, levou a parte melhor que havia em nós, aquela que nos faz mais falta. É a parte de nós que olha por nós e nos reconcilia connosco. Quanto mais queremos outra pessoa, menos nos queremos a nós...
Querer é mais forte que desejar, pelo menos na nossa língua. Querer é querer ter, é ter de ter. Querer tem mesmo de ser. Na frase felicíssima que os Portugueses usam, "o que tem de ser tem muita força". Desejar tem menos. É condicional. Quem deseja, desejaria. Quem deseja, gostaria. Seria bom poder ter o que se deseja, mas o que se deseja não dá vontade de reter, se calhar porque são muitas as coisas que se desejam e não se pode ter todas ao mesmo tempo.
Querer é querer ter e guardar, é uma vontade de propriedade; enquanto desejar é querer conhecer e gozar, é uma vontade de posse. O querer diminui-nos, mas o desejar não. Sabemos que somos completos quando desejamos - desejamos alguém de igual para igual. Quando queremos é diferente - queremos alguém com a inferioridade de quem se sente incapacitado diante de quem parece omnipotente. O desejo é democrático, mas o querer é fascista.
O que desejamos, dava-nos jeito; o que queremos fez-nos mesmo falta. Mas tanto desejar como querer são muito fáceis. Ter, isto é, conseguir mesmo o que se quer é mais difícil. E reter o que se tem, guardando-o e continuando a querê-lo, tanto como se quis antes de se ter, é quase impossível. Há qualquer coisa que se passa entre o momento em que se quer e o momento em que se tem. O que é?
"Cada pessoa, - dizia Oscar Wilde, - acaba por matar a coisa que ama". Mata-a, se calhar, quando sente que a tem completamente. (...)
A verdade, triste, é que uma pessoa completa, a quem não falta nada, não é capaz de querer outra pessoa como deve ser. No momento em que se sente que tem o que quer, foi-lhe devolvida a parte que lhe fazia falta e passou a ter tudo em casa outra vez. Fica peneirenta, sente-se gente outra vez. É feliz, está satisfeita e deixou de ser inferior à sua maior necessidade. O ter destrói aquilo que o querer tinha de bonito. Uma necessidade ocupa mais o coração, durante mais tempo, que uma satisfação. Querer concentra a alma no que se quer, mas ter distrai-a. Nomeadamente, para outras coisas e outras pessoas que não se têm. (...)
É bom que se continue a julgar que aquilo de que se precisa é exterior a nós. Só quem está voltado sobre si, piscando o olho ao umbigo, pode achar que tem tudo o que precisa. (...)
Quando se quer realmente, dar-se-ia tudo por ter. A coisa ou a pessoa que se quer têm o valor imediato igual a todas as coisas e pessoas que já se têm. Trocavam-se todas as namoradas, ou todos os namorados, que já se namoraram, pelo namoro de uma única pessoa que se quer namorar. É esta a violência. É esta a injustiça. Mas é esta também a beleza. Quem aceitaria que um novo amor significasse apenas parte de uma vida? Não sendo a vida inteira, não sendo tudo o que importa, numa dada altura, num dado estado do coração, porque nos havíamos de ralar? (...)
O querer é bonito porque, concentrando-se na coisa ou na pessoa que se quer, elimina o resto do mundo. O resto do mundo é uma entidade muito grande que tem graça e tem valor eliminar. Querer um homem em vez de todos os outros homens, uma mulher em vez de todas as outras mulheres é fazer a escolha mais impossível e bela. Acho que se pode ter tudo o que se quer de muitas pessoas ao mesmo tempo, mas que não se pode querer senão uma pessoa. Ter todas as pessoas não chega para nos satisfazer, mas basta querer só uma, e não a ter, para nos insatisfazer. É por isso que se tem de dar valor à vontade. Poder-se-á querer ter alguém, sem querer também ser querido por essa pessoa? Eu não sei.
Como raramente temos o que queremos ter ou queremos bem ao que temos, é boa ideia dar uma ideia da atitude que se pretende. Em primeiro lugar, convém mentalizarmo-nos que querer é desejável só por si, pelo que querer significa. Quem tem tudo e não quer nada é como quem é amado por todos sem ser capaz de amar ninguém. Dizer e sentir "eu quero" é reconhecer, da maneira mais forte que pode haver, a existência de outra pessoa e de nós. Eu quero, logo existes. Eu quero-te, logo existo.
Em segundo lugar, ter também não é tão bom como se diz. Ter alguém ocupa um espaço vital que às vezes é mais bonito deixar vazio. (...)
Ter o que se quis não é tão bom como se diz, nem querer o que não se tem é assim tão mau. O segredo deve estar em conseguir continuar a querer, não deixando de ter. Ou, por outras palavras, o melhor é continuar a ser querido sem por isso deixar de ser tido. O que é que todos nós queremos, no fundo dos fundos? Queremos querer. Queremos ter. Queremos ser queridos. Queremos ser tidos. É o que nos vale: afinal queremos exactamente o que os outros querem. O problema é esse (Miguel Esteves Cardoso)."
terça-feira, 11 de outubro de 2011
SER MAIS ALTO
CASA NA ARVORE.
FAZ ME QUERER SUBIR, PRA SONHAR, PRA SONHAR MAIS ALTO. VER DE CIMA O CHÃO, O MUSGO, AS ERVAS, A TERRA E ESTAR MAIS PERTO DO SOL OU DA LUA...
SONHOS ENCANTADOS ESTES MEUS, MAS LIVRES E SOLTOS, EM NADA PRESOS A NADA. MEUS QUE SEI QUE SIM, QUE UM DIA POSSO.
FAZ ME QUERER SUBIR, PRA SONHAR, PRA SONHAR MAIS ALTO. VER DE CIMA O CHÃO, O MUSGO, AS ERVAS, A TERRA E ESTAR MAIS PERTO DO SOL OU DA LUA...
SONHOS ENCANTADOS ESTES MEUS, MAS LIVRES E SOLTOS, EM NADA PRESOS A NADA. MEUS QUE SEI QUE SIM, QUE UM DIA POSSO.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
LONGE.
Longe de ti. Perto de mim.
Não te sei agora. Não te quero saber. Não quero esperar.
Gostava que o hoje fosse o que és. Não o que prometeste ser, e não cumpriste. Há dias que espero.
Perdi-me de ti. Levantei-me devagar e parti para mim. Longe de ti. Onde sei o que conto e o que encontro.
PERTO.
Perto de onde quero estar para sempre: na verdade de mim.
Sim: aqui e agora.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
EM-BARQUE.
"...e no desembarcar, há aves, flores, onde era só de longe a abstracta linha..."
gosto dos desembarques: das chegadas aos destinos.
das surpresas feitas de coisas que estavamos longe de esperar encontrar.
das não surpresas feitas de coisas que já sabiamos lá estarem, como imparáveis, ás ordens dum novo regresso.
dos abraços que se dão a tentar matar saudades.
de sentir a vida respirar inteira dentro de nós.
de ver de perto o que não viamos ao longe.
de observar o horizonte do outro lado, sabendo-o sempre como consolo, na abstração da sua linha.
da finitude das coisas, pela sua exactidão.
da praia estar lá sempre igual, ou desigual, mas á nossa espera.
do cheiro da esteva e alecrim que vivem o passar das estações.
do mercado da vila, com os legumes e frutas directos da horta, a cheirarem ao que são.
do enorme manjericão que ela me deu no vaso, para que eu cuidasse dele, com o meu tempo, na minha terra.
dos caminhos de terra e dos fardos de palha alinhados, como se fossem esculturas.
daquele sobreiro lindo que jamais envelhece de tão velho, onde se suspende a rede de madeira.
de ti, e nós ali, naquele lugar onde a magia está sempre, seja qual for o dia do desembarque...
embarcamos, para voltar sempre, ao lugar da nossa casa.
gosto dos desembarques: das chegadas aos destinos.
das surpresas feitas de coisas que estavamos longe de esperar encontrar.
das não surpresas feitas de coisas que já sabiamos lá estarem, como imparáveis, ás ordens dum novo regresso.
dos abraços que se dão a tentar matar saudades.
de sentir a vida respirar inteira dentro de nós.
de ver de perto o que não viamos ao longe.
de observar o horizonte do outro lado, sabendo-o sempre como consolo, na abstração da sua linha.
da finitude das coisas, pela sua exactidão.
da praia estar lá sempre igual, ou desigual, mas á nossa espera.
do cheiro da esteva e alecrim que vivem o passar das estações.
do mercado da vila, com os legumes e frutas directos da horta, a cheirarem ao que são.
do enorme manjericão que ela me deu no vaso, para que eu cuidasse dele, com o meu tempo, na minha terra.
dos caminhos de terra e dos fardos de palha alinhados, como se fossem esculturas.
daquele sobreiro lindo que jamais envelhece de tão velho, onde se suspende a rede de madeira.
de ti, e nós ali, naquele lugar onde a magia está sempre, seja qual for o dia do desembarque...
embarcamos, para voltar sempre, ao lugar da nossa casa.
domingo, 19 de junho de 2011
TOLERANCIA EM ABERTO...JULGAMENTO ZERO.
QUANTO MAIS TOLERO OS OUTROS, MENOS OS JULGO. ESTA É UMA PROPORÇÃO DIRECTA QUE SE APRENDE COM A IDADE.
QUANTO MAIS ME CONHEÇO, QUANTO MAIS ME ACEITO, E RIO DE MIM MESMA NAS COISAS MINHAS QUE SE HÃO-DE REPETIR SEMPRE, AUMENTO A MINHA TOLERANCIA, NA MEDIDA EM AQUILO QUE ME JULGO É ACEITE, E EXTENDE-SE AOS OUTROS QUE ME RODEIAM.
OS OUTROS, SÃO TODOS OS QUERO EM MIM. SÃO AS MINHAS ESCOLHAS. POR TODAS OU NENHUMA RAZÃO, MAS QUE TÊM RAZÃO E SENTIDO DO CORAÇÃO, PARA DOS MEUS DIAS FAZEREM PARTE.
A IDADE/MATURIDADE, TEM ISTO TAMBÉM DE BOM: SERMOS ESPECTADORES DO MUNDO, EM VEZ DE SERMOS JULGADORES DO MUNDO.
QUANTO MAIS VEJO AQUILO QUE GOSTO, MAIS GOSTO DAQUILO QUE VEJO.
O MEU LUGAR NO MUNDO É ESTE: VER OS OUTROS COM OLHOS DE VER, E RECOLHER O QUE ME É DADO SENTIR A PROPOSITO DISSO. APRENDER MAIS E MELHOR A ACEITAR A DIFERENÇA, E DELA FAZER UMA VANTAGEM, NA CAPACIDADE UNICA DE SERMOS UNICOS.
AS VIDAS DOS OUTROS METIDAS NA MINHA EM TROCAS INFINITAS NUMA DANÇA IMPARÁVEL...
QUANTO MAIS ME CONHEÇO, QUANTO MAIS ME ACEITO, E RIO DE MIM MESMA NAS COISAS MINHAS QUE SE HÃO-DE REPETIR SEMPRE, AUMENTO A MINHA TOLERANCIA, NA MEDIDA EM AQUILO QUE ME JULGO É ACEITE, E EXTENDE-SE AOS OUTROS QUE ME RODEIAM.
OS OUTROS, SÃO TODOS OS QUERO EM MIM. SÃO AS MINHAS ESCOLHAS. POR TODAS OU NENHUMA RAZÃO, MAS QUE TÊM RAZÃO E SENTIDO DO CORAÇÃO, PARA DOS MEUS DIAS FAZEREM PARTE.
A IDADE/MATURIDADE, TEM ISTO TAMBÉM DE BOM: SERMOS ESPECTADORES DO MUNDO, EM VEZ DE SERMOS JULGADORES DO MUNDO.
QUANTO MAIS VEJO AQUILO QUE GOSTO, MAIS GOSTO DAQUILO QUE VEJO.
O MEU LUGAR NO MUNDO É ESTE: VER OS OUTROS COM OLHOS DE VER, E RECOLHER O QUE ME É DADO SENTIR A PROPOSITO DISSO. APRENDER MAIS E MELHOR A ACEITAR A DIFERENÇA, E DELA FAZER UMA VANTAGEM, NA CAPACIDADE UNICA DE SERMOS UNICOS.
AS VIDAS DOS OUTROS METIDAS NA MINHA EM TROCAS INFINITAS NUMA DANÇA IMPARÁVEL...
Etiquetas:
conversas que ficam
terça-feira, 14 de junho de 2011
TU VES A LUA EM CÉU ABERTO.
EU VEJO A LUA QUASE SEMPRE PELA ESQUADRIA DA MINHA JANELA.
MAS NUNCA DESISTO DE A PROCURAR. E SABES PORQUÊ? PORQUE A LUA ME REMETE. NESSA DIMENSÃO LONGIQUA MAS VISIVEL, PERCEBO QUE TUDO É TÃO PEQUENO E RELATIVO PERANTE TANTO DESLUMBRAMENTO. FAZ PARTE A LUA DO MEU PENSAMENTO. SEMPRE PARALELA, A LEMBRAR-ME QUE EXISTE, PARA QUE EU VIVA E SAIBA MELHOR, QUE AS COISAS DA VIDA SÃO SIMPLES AFINAL.
TU VES A LUA COMO EU. EM CEU ABERTO, OU PELA JANELA. NÓS VIMOS A LUA COM OS MESMOS OLHOS. E POR ISSO NOS ENCONTRÁMOS.NÃO FOI BEM ASSIM...FOI AO CONTRÁRIO: A LUA, A LUA SIM É QUE NOS ENCONTROU.
EU VEJO A LUA QUASE SEMPRE PELA ESQUADRIA DA MINHA JANELA.
MAS NUNCA DESISTO DE A PROCURAR. E SABES PORQUÊ? PORQUE A LUA ME REMETE. NESSA DIMENSÃO LONGIQUA MAS VISIVEL, PERCEBO QUE TUDO É TÃO PEQUENO E RELATIVO PERANTE TANTO DESLUMBRAMENTO. FAZ PARTE A LUA DO MEU PENSAMENTO. SEMPRE PARALELA, A LEMBRAR-ME QUE EXISTE, PARA QUE EU VIVA E SAIBA MELHOR, QUE AS COISAS DA VIDA SÃO SIMPLES AFINAL.
TU VES A LUA COMO EU. EM CEU ABERTO, OU PELA JANELA. NÓS VIMOS A LUA COM OS MESMOS OLHOS. E POR ISSO NOS ENCONTRÁMOS.NÃO FOI BEM ASSIM...FOI AO CONTRÁRIO: A LUA, A LUA SIM É QUE NOS ENCONTROU.
Etiquetas:
inesperado tb acontece
quinta-feira, 9 de junho de 2011
HEY, YOU
I DO.
Etiquetas:
declaraçoes concretas.
sábado, 4 de junho de 2011
FAIR PLAY.
FAIR PLAY- É O QUE MAIS GOSTO DE VER NOS JOGOS DE FUTEBOL.
FAIR PLAY- É SABER FAZER A SÉRIO E COM PROFISSIONALISMO, MAS NUNCA DESCURANDO O LADO HUMANO DOS OUTROS.
FAIR PLAY- É JUSTO. É BONITO DE VER.
FAIR PLAY É ABRAÇAR, É DAR A MÃO, E AJUDAR QUEM CAI NO MEIO DO CAMPO E FICA DESAMPARADO.
FAIR PLAY É AMPARAR, É ESTAR DO LADO, É ESTAR AO LADO MESMO SENDO ADVERSÁRIO.
FAIR PLAY- É IR A JOGO, INTEIRO, ATENTO E DISPONIVEL.
FAIR PLAY- É HUMILDADE. É SIMPLICIDADE.
FAIR PLAY É EQUILIBRIO. GOSTO DISSO.
FAIR PLAY- É SABER FAZER A SÉRIO E COM PROFISSIONALISMO, MAS NUNCA DESCURANDO O LADO HUMANO DOS OUTROS.
FAIR PLAY- É JUSTO. É BONITO DE VER.
FAIR PLAY É ABRAÇAR, É DAR A MÃO, E AJUDAR QUEM CAI NO MEIO DO CAMPO E FICA DESAMPARADO.
FAIR PLAY É AMPARAR, É ESTAR DO LADO, É ESTAR AO LADO MESMO SENDO ADVERSÁRIO.
FAIR PLAY- É IR A JOGO, INTEIRO, ATENTO E DISPONIVEL.
FAIR PLAY- É HUMILDADE. É SIMPLICIDADE.
FAIR PLAY É EQUILIBRIO. GOSTO DISSO.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Comunicar, parece fácil mas ás vezes é difícil.
Fazer passar aos outros a mensagem que se quer, pressupõe a capacidade de nos pormos nos seus pés.
Os outros não nos adivinham, os outros não estão dentro de nós para captar as nossas lógicas, emocionais, temperamentais, e outras que tais. As sensibilidades dos momentos podem de facto não estar alinhadas.
Por isso mesmo, ás vezes é melhor ficarmos calados, no nosso canto, com as nossas coisas, com as nossas contradições, com as nossas duvidas. Porque os julgamentos são uma enorme tentação.
A cobrança duma mudança sem aviso prévio, pode criar mesmo desentendimentos dolorosos.
Aprendi comigo que quanto menos falar, menos arrisco. Quanto menos me comprometer nas palavras melhor. Quanto menos publicar as minhas duvidas melhor.
O bom da vida também tem isto lá dentro: é a boleia que nos dá de podermos estar sempre a aprender, e através das lições mudarmos o que não estava a funcionar, ou o que nos leva a uma vida mais tranquila e livre.
Por amizade os outros chamam-nos á razão. Mas a razão é deles, não é a nossa. E vice versa..
Ser livre é também resistir á tentação de não julgar. De não ajuizar os outros com os nossos juízos.
Fazer passar aos outros a mensagem que se quer, pressupõe a capacidade de nos pormos nos seus pés.
Os outros não nos adivinham, os outros não estão dentro de nós para captar as nossas lógicas, emocionais, temperamentais, e outras que tais. As sensibilidades dos momentos podem de facto não estar alinhadas.
Por isso mesmo, ás vezes é melhor ficarmos calados, no nosso canto, com as nossas coisas, com as nossas contradições, com as nossas duvidas. Porque os julgamentos são uma enorme tentação.
A cobrança duma mudança sem aviso prévio, pode criar mesmo desentendimentos dolorosos.
Aprendi comigo que quanto menos falar, menos arrisco. Quanto menos me comprometer nas palavras melhor. Quanto menos publicar as minhas duvidas melhor.
O bom da vida também tem isto lá dentro: é a boleia que nos dá de podermos estar sempre a aprender, e através das lições mudarmos o que não estava a funcionar, ou o que nos leva a uma vida mais tranquila e livre.
Por amizade os outros chamam-nos á razão. Mas a razão é deles, não é a nossa. E vice versa..
Ser livre é também resistir á tentação de não julgar. De não ajuizar os outros com os nossos juízos.
sábado, 28 de maio de 2011
ARCO IRIS
Olhamos, perguntamos, procuramos, mas nada parece ser mais importante que a cor dos olhos.
São os olhos que dizem tudo.
A expressão de um olhar tem em si a possibilidade de todas as palavras do mundo, e mesmo assim não chegam por vezes, para descrever um olhar.
Os olhares quando do fundo, trocam-se na mesma medida. Só assim podem comunicar justa e encontradamente.
Mas não é fácil ás vezes assumir o silencio que pede um olhar de segundos, que no entanto pode ser eterno.
"Fui ao ver-te, tudo o que vi" escreve alguém que admiro pela posse das palavras que me dá a ler, e a reter.
Num olhar de segundos, trocado, cruzado, igualado, o mundo pára estanque, como se nada mais existisse do que esse momento. Tudo o que se vê nesse tempo, são os olhos do outro espelhando a alma.
É talvez por isso que todas as palavras não cheguem, porque, como se descreve afinal a sensibilidade da alma? São os olhos mesmo, o espelho da alma? São. Todos sabemos que sim, mesmo que por vezes tentemos escapar a essa radiografia, dizendo palavras soltas, impensadas ou pensadas, para não comprometer a soltura da alma.
Os olhares vêm com legendas.
Contam que o coração bate, que a alegria é imensa, ou que a tristeza também.
Ontem num instante apareceu-me um arco íris, estava como suspenso na minha janela.
Foi a exactidão do momento. Foram os olhos de Deus ali, em mim. Os olhos de Deus têm todas as cores, por isso eu soube.
Olhos de surpresa e alegria tive eu seguramente pelo espanto do momento. Era sim a minha alma a registar. Para sempre. Agradecendo.
Nesse instante foi tudo o que vi, foi tudo o que senti.
São os olhos que dizem tudo.
A expressão de um olhar tem em si a possibilidade de todas as palavras do mundo, e mesmo assim não chegam por vezes, para descrever um olhar.
Os olhares quando do fundo, trocam-se na mesma medida. Só assim podem comunicar justa e encontradamente.
Mas não é fácil ás vezes assumir o silencio que pede um olhar de segundos, que no entanto pode ser eterno.
"Fui ao ver-te, tudo o que vi" escreve alguém que admiro pela posse das palavras que me dá a ler, e a reter.
Num olhar de segundos, trocado, cruzado, igualado, o mundo pára estanque, como se nada mais existisse do que esse momento. Tudo o que se vê nesse tempo, são os olhos do outro espelhando a alma.
É talvez por isso que todas as palavras não cheguem, porque, como se descreve afinal a sensibilidade da alma? São os olhos mesmo, o espelho da alma? São. Todos sabemos que sim, mesmo que por vezes tentemos escapar a essa radiografia, dizendo palavras soltas, impensadas ou pensadas, para não comprometer a soltura da alma.
Os olhares vêm com legendas.
Contam que o coração bate, que a alegria é imensa, ou que a tristeza também.
Ontem num instante apareceu-me um arco íris, estava como suspenso na minha janela.
Foi a exactidão do momento. Foram os olhos de Deus ali, em mim. Os olhos de Deus têm todas as cores, por isso eu soube.
Olhos de surpresa e alegria tive eu seguramente pelo espanto do momento. Era sim a minha alma a registar. Para sempre. Agradecendo.
Nesse instante foi tudo o que vi, foi tudo o que senti.
terça-feira, 24 de maio de 2011
lugar desocupado
Vazio.
Vazio da perca - dizias tu ontem, como a assumir um diagnóstico do estado.
Vazio sim digo eu. Como pode não ser vazio um lugar que deixou de estar ocupado no nosso coração?
Ninguém é insubstituível, e por isso o lugar de alguém em nós, que de nós saiu sem querermos, preenche um vazio. Assim se fica é espera que os dias passem, e que o vazio se vá embora para sempre.
Mas só o tempo esbate, esse espaço, esse lugar que nos invade tanta vez nas memórias, no voar do pensamento, nas questões sem resposta, para as não razoes do coração.
Assim será sempre. Porque mesmo que o coração esteja cheio de lugares sentados para quem faz parte dele, por escolha nossa, uma partida de alguém deixa sempre uma cadeira vaga. E umas não ocupam as outras. Vaga está a cadeira e assim ha de ser, até que um dia deixe de estar passando para o bastidor, como se já não fizesse parte do guião.
A vida é isto também: entradas e saídas, sem prazo.
Nada é para sempre. E isto tem tudo que ver com liberdade.
Tu vais ficar bem, porque um dia acordas e ris por tudo e por nada. E nem te apercebes que afinal aquela cadeira já não ocupa espaço, não tem mais lugar.E então,agradeces a vida ser assim afinal. Só faz falta quem está.
Vazio da perca - dizias tu ontem, como a assumir um diagnóstico do estado.
Vazio sim digo eu. Como pode não ser vazio um lugar que deixou de estar ocupado no nosso coração?
Ninguém é insubstituível, e por isso o lugar de alguém em nós, que de nós saiu sem querermos, preenche um vazio. Assim se fica é espera que os dias passem, e que o vazio se vá embora para sempre.
Mas só o tempo esbate, esse espaço, esse lugar que nos invade tanta vez nas memórias, no voar do pensamento, nas questões sem resposta, para as não razoes do coração.
Assim será sempre. Porque mesmo que o coração esteja cheio de lugares sentados para quem faz parte dele, por escolha nossa, uma partida de alguém deixa sempre uma cadeira vaga. E umas não ocupam as outras. Vaga está a cadeira e assim ha de ser, até que um dia deixe de estar passando para o bastidor, como se já não fizesse parte do guião.
A vida é isto também: entradas e saídas, sem prazo.
Nada é para sempre. E isto tem tudo que ver com liberdade.
Tu vais ficar bem, porque um dia acordas e ris por tudo e por nada. E nem te apercebes que afinal aquela cadeira já não ocupa espaço, não tem mais lugar.E então,agradeces a vida ser assim afinal. Só faz falta quem está.
Etiquetas:
conversas que ficam
segunda-feira, 23 de maio de 2011
sempre se acha o que é para ser nosso
A vida é arte do encontro. ( embora haja tanto desencontro pela vida)
Dizia, escrevia o Vinicius.
Diz quem sabe da vida, a troco do preço da Vida no que ela traz de encontro e desencontro também.
A arte do encontro tem encontro marcado com a tela da vida.
Para os encontros temos de estar acordados. Descentrados de nós e abertos aos outros. A magia da vida trata do resto: Porque a geografia do lugar, o compasso do tempo e a geometria do espaço já estão desenhados em papel vegetal por cima do nosso mapa.
Quando os encontros se fazem, toca o alarme por todos os lados.
Sabemos de dentro de nós, que aquela pessoa veio para ficar. Veio para marcar terreno nos nossos dias, seja de que forma for, e porque razão for.
O encontro com os outros gera o encontro connosco: revemo-nos na linguagem, numa frase, num sorriso, numa musica, nos sapatos, no olhar, na atitude..não importa.
Os encontros são equações com denominadores comuns. Estamos ligados e por isso nos encontramos.
Os encontros são abraços invisíveis, e ás vezes visíveis, á mão de semear.
Os encontros são autoritários nisto: Não se marcam, encontram-se.
Basta estar acordado.
O Paraiso encontra-se nos perdidos e achados.
Dizia, escrevia o Vinicius.
Diz quem sabe da vida, a troco do preço da Vida no que ela traz de encontro e desencontro também.
A arte do encontro tem encontro marcado com a tela da vida.
Para os encontros temos de estar acordados. Descentrados de nós e abertos aos outros. A magia da vida trata do resto: Porque a geografia do lugar, o compasso do tempo e a geometria do espaço já estão desenhados em papel vegetal por cima do nosso mapa.
Quando os encontros se fazem, toca o alarme por todos os lados.
Sabemos de dentro de nós, que aquela pessoa veio para ficar. Veio para marcar terreno nos nossos dias, seja de que forma for, e porque razão for.
O encontro com os outros gera o encontro connosco: revemo-nos na linguagem, numa frase, num sorriso, numa musica, nos sapatos, no olhar, na atitude..não importa.
Os encontros são equações com denominadores comuns. Estamos ligados e por isso nos encontramos.
Os encontros são abraços invisíveis, e ás vezes visíveis, á mão de semear.
Os encontros são autoritários nisto: Não se marcam, encontram-se.
Basta estar acordado.
O Paraiso encontra-se nos perdidos e achados.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
passei o cabo das tormentas. a calmaria anuncia-se. em silencio a paz começa a sentir-se, mesmo que devagar. respiro fundo, a realizar. sobra tudo ainda o que há para viver.
deixo-me ir, plena de direitos. e mais inteira, talvez.
a vida respira. eu, abraço-a.
os muros? só servem pra escrever coisas...e mesmo assim ás vezes nem para isso.
deixo-me ir, plena de direitos. e mais inteira, talvez.
a vida respira. eu, abraço-a.
os muros? só servem pra escrever coisas...e mesmo assim ás vezes nem para isso.
terça-feira, 17 de maio de 2011
the heart knows, almost, allways.
Vou sempre reconhecer-te no meio da multidão.
Antes de te ver, sinto te, e sei-te ali. Depois é só uma questão de olhos, cruzados pra confirmar que sim.
Tem pessoas na nossa vida, que não têm tempo. Porque existem sempre no passar dos dias, e das horas que fazem o correr das coisas boas.
Passaste por mim, a ao passar ficaste. Para que eu me lembre sempre que valeu a pena, no sentido das coisas que não têm tamanho, nem definição. Apenas a certeza de que por causa de pessoas assim, a vida é melhor.
Chega saber-te bem. Nada mais é preciso, para a alegria dos meus dias.
Antes de te ver, sinto te, e sei-te ali. Depois é só uma questão de olhos, cruzados pra confirmar que sim.
Tem pessoas na nossa vida, que não têm tempo. Porque existem sempre no passar dos dias, e das horas que fazem o correr das coisas boas.
Passaste por mim, a ao passar ficaste. Para que eu me lembre sempre que valeu a pena, no sentido das coisas que não têm tamanho, nem definição. Apenas a certeza de que por causa de pessoas assim, a vida é melhor.
Chega saber-te bem. Nada mais é preciso, para a alegria dos meus dias.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Festejar a vida.
Quem festeja, contagia. Assim foi no ultimo sábado.
Com muito trabalho e empenho a coisa montou-se. Gratuita e grande para dar a quem merece.
A emoção falou toda a noite. Os amigos apareceram na hora combinada e tudo magicamente se cumpriu.
Ás vezes não se cabe em nós. Por isso transbordamos de bom, colando nos outros a alegria de dentro.
És muito especial e no que tocas transformas. Por isso todos estavam lá a festejar-te a celebrar a vida através de ti. Valeu a pena tudo. Na memória se guardam noites assim para sempre.
Parabéns meu querido Vasco. Sabes que te adoro. E que te guardo sempre comigo.
Quem festeja, contagia. Assim foi no ultimo sábado.
Com muito trabalho e empenho a coisa montou-se. Gratuita e grande para dar a quem merece.
A emoção falou toda a noite. Os amigos apareceram na hora combinada e tudo magicamente se cumpriu.
Ás vezes não se cabe em nós. Por isso transbordamos de bom, colando nos outros a alegria de dentro.
És muito especial e no que tocas transformas. Por isso todos estavam lá a festejar-te a celebrar a vida através de ti. Valeu a pena tudo. Na memória se guardam noites assim para sempre.
Parabéns meu querido Vasco. Sabes que te adoro. E que te guardo sempre comigo.
Etiquetas:
declaraçoes concretas.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
PORQUE: TUDO O QUE NÃO É DADO, PERDE-SE.
"Ao desígnio da matéria opõe-se um outro,
Onde o perfume da eternidade é tão intenso que basta fechar os olhos para a ver"
Partilhar está na ordem do dia. Partilhar deve ser a palavra posta em pratica sem hesitações.
Partilhar é dar o que se sente.
Ordenar a ordem da realidade na partilha da verdade.
Estamos ligados, não estamos sozinhos.
Que a globalização sirva exactamente para contrariar as ilhas do individualismo, e que se desenhe através dos meios que temos, (e não são poucos, diga-se) um mapa mundo de comunicação comum.
De que serve guardar para nós, as coisas boas que temos, que pensamos, que criamos, que imaginamos? Não nos leva a lugar nenhum, porque os outros não nos adivinham...A partilha é o oposto disto, é dar o que sabemos pensar, é deixar entrar os outros nos nossos sonhos que assim se tornam mais possíveis, é estar atento e multiplicar.
A partilha gera partilha, e assim se contagia.
Este é o networking que vale a pena, pelo encontro e mais valia que surge, no reconhecimento de não sermos únicos, sendo, mas pelo resgate da compreensão dos outros por nós.
E depois é escolher, porque na liberdade de expressão que temos, em boleia gratuita, podemos escolher quem queremos pela diferença ou igualdade de pensamento, de atitude.
É muito através dos outros que crescemos aprendendo. Há pessoas no meu mapa que já sei que não abro mão. Porque passaram a fazer parte dele. E preciso dessas pessoas para que a minha vida se ria e respire melhor..
Só me faz sentido que assim seja. Não vale tudo, claro. Não se dá ao desbarato impondo as nossas regras aos outros. Eu falo de partilha humilde, falo de dar o melhor que sabemos e temos, porque algures alguém pode vibrar e crescer com isso.
É evidente que a partilha requer transparência acima de tudo. Requer que se assuma o que se é numa verdade estanque e sem batotas. Essa contabilidade interna que podemos todos fazer, quando nos apetecer sem cobranças, sem facturas.
E esta é a verdadeira liberdade: a da escolha.
Mas, para se escolher, é preciso estar aberto e mostrar o que se é.
A Alma não se deve poupar num acto egoísta ou solitário...para a Economia da Alma, existe igualmente a lei da oferta e da procura, ou seja: dar e receber e assim evoluir.
Numa medida equilibrada e ponderada.
Partilhar é dar de nós, é o direito nosso e dos outros de existir assim mesmo. E sê-lo. Percebemos assim melhor para que serve a eternidade. Ficamos mais perto de nós, através dos outros.
Etiquetas:
Pensamentos que se nao os agarro voam
segunda-feira, 2 de maio de 2011
fading away away away
se eu fosse a ti, não ia por ai. ia exactamente pelo lado oposto.mas eu não sou tu.nem quero ser. eu não vivia bem se fosse assim como tens mostrado ser. de há uns tempos para cá vejo o mapa teu de fora. quanto mais o vejo e reparo, mais o acho irreparável.
quem és tu afinal? aquilo que pensavas que os outros queriam que fosses? enganado. os outros que te querem, querem-te só e apenas em verdade. verdade daquela que é universal no preto e branco. verdade inabalável de princípios estanques por isso únicos. e imutáveis. já quase não te vejo como te via. Já quase não estou, de tanto desacreditar. mostra-me o que és, se de outra forma fores. ou então deixa-me para sempre.
quem és tu afinal? aquilo que pensavas que os outros queriam que fosses? enganado. os outros que te querem, querem-te só e apenas em verdade. verdade daquela que é universal no preto e branco. verdade inabalável de princípios estanques por isso únicos. e imutáveis. já quase não te vejo como te via. Já quase não estou, de tanto desacreditar. mostra-me o que és, se de outra forma fores. ou então deixa-me para sempre.
Etiquetas:
inesperado tb acontece
sábado, 30 de abril de 2011
lugares de fora que ficam dentro.
Há lugares que nos fazem voltar sempre ao mesmo sitio, dentro de nós.
É como se fosse sempre a primeira vez, na descoberta confirmada das sensações que se revelam no verbo espantar.
Sempre que ali volto, percebo mais e mais, porque gosto tanto.
E talvez por isso de cada vez que sei que vou voltar, tudo em mim se prepara abertamente, para o que vou receber. Quando revejo a paisagem, que já é antiga em mim, no álbum de fotografias interno, surpreende-me a euforia, revelada em agradecimento que silenciosamente faço, pela beleza das coisas que se mostram a nós tão gratuitas, apenas porque existem assim.
O espanto hidrata, por via dos sentidos.
Sinto-me viva, muito acordada naquela praia, naquele Alentejo que sempre confere, com a expectativa que levo sem medo. Aberta ao que sei, vou como num sonho. Volto sonhada, cheia e hidratada. Até que o tempo e as obrigações, me dêem tempo para outra vez voltar.
Os sonhos, da realidade, são terras prometidas para cultivar desejos à mão de semear.
As sementes são então desejos com certificado de garantia.
Há momentos, paisagens, pessoas, cheiros, sons, e cores, que juro eternos, porque se reflectem em mim, e perpetuam-se sem fim. Através deles sinto vida para sempre.
É como se fosse sempre a primeira vez, na descoberta confirmada das sensações que se revelam no verbo espantar.
Sempre que ali volto, percebo mais e mais, porque gosto tanto.
E talvez por isso de cada vez que sei que vou voltar, tudo em mim se prepara abertamente, para o que vou receber. Quando revejo a paisagem, que já é antiga em mim, no álbum de fotografias interno, surpreende-me a euforia, revelada em agradecimento que silenciosamente faço, pela beleza das coisas que se mostram a nós tão gratuitas, apenas porque existem assim.
O espanto hidrata, por via dos sentidos.
Sinto-me viva, muito acordada naquela praia, naquele Alentejo que sempre confere, com a expectativa que levo sem medo. Aberta ao que sei, vou como num sonho. Volto sonhada, cheia e hidratada. Até que o tempo e as obrigações, me dêem tempo para outra vez voltar.
Os sonhos, da realidade, são terras prometidas para cultivar desejos à mão de semear.
As sementes são então desejos com certificado de garantia.
Há momentos, paisagens, pessoas, cheiros, sons, e cores, que juro eternos, porque se reflectem em mim, e perpetuam-se sem fim. Através deles sinto vida para sempre.
sábado, 16 de abril de 2011
A MUSICA DESAGUA NA NASCENTE, ONDE O CORAÇÃO NUNCA ENVELHECE.
Tenho sorte. Gosto de musica. Gosto tanto que não vivo sem.
Penso, vivo e sonho musica.
Traz alegria todos os dias aos meus dias.
A musica renasce-me. Porque me toca directo ao coração. Pode ser num genérico dum filme, num concerto de rock, na telefonia, ou no disco que escolho de propósito para aquele momento que invento.
Admiro quem com 7 notas escreve e desenha harmonias de sons que contam uma história.
Porque, quando se trata de criar, uma história do que se sente está lá sempre.
Hoje pensava no alento que tenho em saber, que também a musica é infinita: pode não acabar nunca de se inventar. Pode não acabar nunca de se ouvir, até se querer.
Apanho boleia da musica, e ponho-a dentro de mim.
Canto alto a inventar, e ás vezes não sei onde vou parar.
Cargas do mesmo sinal também se atraiem:
Sei declaradamente que amo mais, quem ouve o mesmo que eu.
terça-feira, 5 de abril de 2011
CONFESSO QUE VIVI.
Pai, hoje é dia de festa.
Está um sol lindo de primavera.
Hoje ha reunião de primos, nem de propósito estarmos todos, e no meio dos assuntos a tratar vamos falar de si, seguramente.
Todos os dias, por qualquer razão conto ao Duarte coisas do Avô Quito. Ele tem um jeito nato para desenho, a professora até ja me disse que nessa área ele promete, exprime o que quer com um lápis, numa perspectiva correcta e impecável. Está sempre a ler coisas, tem um lado muito intelectual.Vem de si.
O Francisco Hipólito seu neto mais novo, faz jus ao nome e já anda, é um fução da vida, a querer descobrir o mundo com uma curiosidade sem limites que o levará longe.
O Vasquinho tem de si a sensibilidade e bravura. É lindo e tem voz de bagaço..A Madalena também gosta de desenho e está sempre a criar...tem um sentido de humor e ri com uma gargalhada do fundo, contagiante. Através deles, o Pai também está muito presente nos nossos dias.
São heranças assim que nos dão sentido ás saudades imensas, que vivemos aqui.
Estamos ligados, eu sei. Porque sinto.
E onde quer que o Pai esteja, a fazer acrobacias nas nuvens, sei também que zela por nós.
Um beijo sem fim.
Está um sol lindo de primavera.
Hoje ha reunião de primos, nem de propósito estarmos todos, e no meio dos assuntos a tratar vamos falar de si, seguramente.
Todos os dias, por qualquer razão conto ao Duarte coisas do Avô Quito. Ele tem um jeito nato para desenho, a professora até ja me disse que nessa área ele promete, exprime o que quer com um lápis, numa perspectiva correcta e impecável. Está sempre a ler coisas, tem um lado muito intelectual.Vem de si.
O Francisco Hipólito seu neto mais novo, faz jus ao nome e já anda, é um fução da vida, a querer descobrir o mundo com uma curiosidade sem limites que o levará longe.
O Vasquinho tem de si a sensibilidade e bravura. É lindo e tem voz de bagaço..A Madalena também gosta de desenho e está sempre a criar...tem um sentido de humor e ri com uma gargalhada do fundo, contagiante. Através deles, o Pai também está muito presente nos nossos dias.
São heranças assim que nos dão sentido ás saudades imensas, que vivemos aqui.
Estamos ligados, eu sei. Porque sinto.
E onde quer que o Pai esteja, a fazer acrobacias nas nuvens, sei também que zela por nós.
Um beijo sem fim.
sábado, 2 de abril de 2011
Tu és grande, e eu gosto muito de ti.
Está mais do que provado que o coração se oferece.
Voluntariar: É dar e voltar a dar, recebendo no que se dá.
Tinha um mês de ferias sem destino.
Olhava para o mapa do mundo buscando inspiração magnética.
Um dia chegou ao pé de mim: Vou para a India, disse-me.
Partiu esta semana. Meteu-se num avião rumo á India- Calcutá.
Foi daqui para lá, dar o seu tempo, as suas mãos, o seu coração, a sua alegria, a sua ternura. Tudo gratuito.
Dar de si, do que vem de lá de dentro.
Efeito multiplicador: numa equação lógica de que quanto mais se dá mais se recebe, só por se dar assim, a quem não se conhece, a quem nunca se viu, mas que precisa.
E isso basta.
Partiu no incerto:
- Posso ter de fazer tudo, dizia-me: tratar de doentes, dar de comer, consolar quem está perdido, olhar nos olhos pelo alento, tocar e abraçar, dignificar o sofrimento alheio com alegria.
Dizia-lhe eu: olha bem para os olhos deles. Têm mesmo a alma espelhada.
Pedem tudo sem pedir, sem nada lhes ser devido, respeitando a tua capacidade e agradecendo na mesma.
Existe naquele povo uma liberdade muito grande. Porque existe na enorme miséria, em que tropeçamos constantemente, a noção de que a vida por si só é uma dádiva.
O respeito é a palavra de ordem neste país. Aceitação da vida como ela é. Numa humildade exemplar. Com uma espiritualidade que é a razão de todos os corações. E esperança lá dentro, que um dia na soma de todos os outros, as coisas vão ficar melhores.
Não vais voltar o mesmo. E ainda bem. E, eu fico a gostar ainda mais de ti.
Liçoes de vida aprendidas, liçoes de vida que nos caiem aos pés.
Cada viagem desejada é um coração (ou mais) que vai para o saco.
Um dia regressa-se com excesso de bagagem. Sem taxas.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Pessoas grandes que nos fazem grandes.
A Luisa durante muito tempo entrou em mim. Sabia mais de mim do que eu. Porque me via de fora, vendo de dentro. E foi por isso uma enorme ajuda.
A ela contei os meus segredos em voz alta. Sairam de mim sem fronteiras, directos para o espaço que foi nosso durante 3 anos de frequência constante. Saíram de mim, para nunca mais voltarem. Limparam-se as feridas e assim se curaram. Fui ficando mais leve. Fui ficando mais direita, de olhos em frente, a aprender que vida se vence e se abraça ao largo.
Somos as nossas circunstancias.
Somos o que fomos, e alegria é a de saber que podemos ser agora o que queremos.
O passado já não pesa, porque já passou.
Muitas vezes quis abraçar a Luisa. Era sempre (por questões éticas) um abraço imaginário, mas estava lá na corrente das coisas que a gente sabe, mesmo que invisíveis...
A Luisa contou-me a minha historia em preto e branco. Porque na altura eu vivia num nevoeiro.
A Luisa lembrou-me que o Céu tem cor, e que os papagaios de papel voam livres, que é bom comer chocolate, que as mimosas cheiram bem mesmo que sejam amarelas, e que a musica é para ser ouvida no carro aos berros.
Muitas vezes penso nela. Estará a pintar as vidas de outras pessoas, com uma tela de cores infindável.
Para sempre, obrigada Luisa.
A ela contei os meus segredos em voz alta. Sairam de mim sem fronteiras, directos para o espaço que foi nosso durante 3 anos de frequência constante. Saíram de mim, para nunca mais voltarem. Limparam-se as feridas e assim se curaram. Fui ficando mais leve. Fui ficando mais direita, de olhos em frente, a aprender que vida se vence e se abraça ao largo.
Somos as nossas circunstancias.
Somos o que fomos, e alegria é a de saber que podemos ser agora o que queremos.
O passado já não pesa, porque já passou.
Muitas vezes quis abraçar a Luisa. Era sempre (por questões éticas) um abraço imaginário, mas estava lá na corrente das coisas que a gente sabe, mesmo que invisíveis...
A Luisa contou-me a minha historia em preto e branco. Porque na altura eu vivia num nevoeiro.
A Luisa lembrou-me que o Céu tem cor, e que os papagaios de papel voam livres, que é bom comer chocolate, que as mimosas cheiram bem mesmo que sejam amarelas, e que a musica é para ser ouvida no carro aos berros.
Muitas vezes penso nela. Estará a pintar as vidas de outras pessoas, com uma tela de cores infindável.
Para sempre, obrigada Luisa.
Etiquetas:
declaraçoes concretas.
segunda-feira, 28 de março de 2011
right.
“Mas, devagar, o tempo transformava tudo em tempo. O ódio transformava-se em tempo, o amor transformava-se em tempo, a dor transformava-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transformavam-se devagar em tempo. Por si só, o tempo não é nada. A idade de nada é nada. A eternidade não existe e, no entanto, a eternidade existe. Os instantes dos olhos dela parados sobre mim eram eternos. Os instantes do sorriso dela eram eternos. Os instantes do seu corpo de luz eram eternos. Foi eterna até ao fim.”
José Luís Peixoto
Subscrever:
Mensagens (Atom)