terça-feira, 18 de agosto de 2009



Há mais ou menos 15 anos que vou jantar a uma tasca indiana, com o meu amigo Pedro, quando combinamos jantar, nunca perguntamos onde, porque sabemos sempre, que é ali.
Quase sempre comemos o mesmo:
ele pede sempre daal ( lentilhas) e como não come carne, excuso de lhe repetir que tudo menos borrego, tá bom pra mim. eu peço sempre 2 naans um de queijo (keru-hoje enganei-me e disse Neru) e um de alho. depois vem sempre o arroz com cominhos, e umas gambas á indiana. Invariávelmente, basta 1 garrafa de branco ou tinto, para nos bastar para a alegria e prá soltura.
E, invariávelmente também, a conversa vai sempre parar ao pedido que lhe faço para me explicar a complexidade do hinduismo e seus deuses, ou a distinção entre a Mongolia e o Imperio Mogol....
O melhor disto tudo, é que, como se sempre fosse a primeira vez, o Pedro, malgré o meu ar de menina pequena inofensiva, toma o seu lugar de professor exigente e repete-me a liçao que acaba sempre na Dinastia Ming....e eu, fico baralhada e prometo que nunca mais lhe volto a perguntar, aquilo que ele acha que estou já cansada de saber...
Estas são as trocas boas, de quem se adora de verdade e gratuitamente.
Hoje, como a noite estava boa, ainda fomos ao miradouro, onde está uma igreja que foi toda recuperada, da ordem dos Agostinhos. E, contente fiquei também ao ver um busto de homenagem à Sophia que passou a dar nome áquele tão digno miradouro, que tem Lisboa a seus pés...
Contentes voltámos para casa...sem precisarmos prometer que tudo isto se vai repetir. Haja o que houver...
Gosto tanto de ti Pedro, és tão antigo em mim...

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